WALTER E EZEQUIEL, LEALDADE A FÁTIMA
Nem os mais fervorosos petistas de carteirinha foram tão leais à governadora Fátima Bezerra que a dupla de líderes políticos formada por Walter Alves e Ezequiel Ferreira de Souza, respectivamente presidentes do MDB e do PSDB.
Basta lembrar que mesmo sob a recomendação da governadora Fátima Bezerra para votar em Carlos Eduardo para o Senado Federal, em 2022, muitos dos filiados ao PT – Partido dos Trabalhadores se bandearam para a candidatura do também candidato ao Senado Rafael Motta (então no PSB). Enquanto isso, a dupla Walter, do MDB, e Ezequiel, do PSDB, se mostrou fiel à escolha da candidatura do ex-prefeito de Natal definida para ajudar a eleger Fátima para o seu segundo mandato.
É bom lembrar que antes mesmo do registro das candidaturas do pleito de 2022, quando a oposição ainda “patinava” numa definição de candidatura ao Governo do Estado – até mesmo por entender que a candidatura de Fábio Dantas já nascia fragilizada – surgiam conversas e propostas para que o deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), com o apoio de Walter Alves (MDB), e por alguns dias o assunto foi pautado pela imprensa como se a dupla estivesse desprestigiada pela governadora que tentava a reeleição.
A proposta era a candidatura do deputado Ezequiel Ferreira de Souza ao governo do estado sob a batuta de Walter Alves, recebendo o apoio do Partido Liberal e dos demais partidos que já aportavam na oposição. E mesmo com as amplas possibilidades de derrotar a então desgastada governadora Fátima Bezerra, os dirigentes do PSDB e MDB refutaram a proposta. Daí, engrossaram a mobilização em favor da candidatura de Fátima Bezerra na renovação de seu mandato, garantiram a candidatura a vice-governador para Walter e ganharam a eleição.
A lealdade da dupla valeu a reeleição de Fátima já no primeiro turno.
SILÊNCIO
Enquanto a classe política vive a ebulição dos lançamentos das candidaturas de Álvaro Dias, pela oposição e de Cadu Xavier, pela situação, o prefeito licenciado de Mossoró Alysson Bezerra permanece em silêncio sobre o seu futuro político.
IDADE
No próximo dia 12 de maio, Alysson estará celebrando os seus 33 anos de idade e, portanto, pela legislação atual não poderá disputar uma cadeira no Senado Federal, que a Constituição estipula o pretendente ter o mínimo de 35 anos.
FUTURO
Considerado ser um verdadeiro fenômeno eleitoral no RN, o destino político de Alysson está traçado em várias alternativas: 1) Concluir o seu mandato de prefeito no final de 2028 e ficar no limbo; 2) renunciar ao mandato em abril de 2026 e disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados; 3) renunciar ao mandato em abril de 2026 e disputar o Governo do Estado.
FÉRIAS
Por enquanto, o prefeito Alysson se encontra de férias, testando a capacidade administrativa de seu vice-prefeito Marcos Medeiros, ao mesmo tempo em que vai assuntando silenciosamente sobre o seu futuro político. Mas ainda não se pronunciou.
PRISÃO
Em seu artigo “Mito Decaído”, em O Globo, o jornalista Merval Pereira sentenciou: “Nas campanhas eleitorais Bolsonaro tem enfrentado Lula sem meias palavras, tratando-o como político ladrão “descondensado”, e não como um mito político. Brevemente pode estar na cadeia onde Lula já esteve. Talvez assim apareça algum novo caminho”.
POPULARIDADE
A queda da popularidade de Lula chegou também na região Nordeste. Na Bahia, por exemplo, a gestão petista perdeu 18 pontos na sua aprovação e 17 degraus abaixo em Pernambuco, duas de suas maiores bases eleitorais e que têm alta taxa de cadastro no Bolsa Família.
JEAN-PAUL
Do lado da situação, o Partido dos Trabalhadores tomou a iniciativa de lançar surpreendentemente o nome do servidor estadual Cadu Xavier, e segundo o ex-senador Jean-Paul Prates (PT) “sem qualquer discussão interna” como é apreciado se fazer naquela agremiação partidária.
CACIQUISMO
Em entrevista concedida à 96FM, o ex-senador petista, que em 2022 aceitou ir para o sacrifício renunciando ao seu direito de disputar sua reeleição para acomodar o ex-prefeito Carlos Eduardo que chegava para apoiar a reeleição de Fátima, qualificou a escolha do nome de Cadu como “caciquismo”. Ou seja, a escolha foi somente da cúpula.
OPOSIÇÃO
De um dos líderes da oposição sobre a candidatura de Cadu Xavier: “É o melhor dentro do PT”. E não falou mais nada.