Uma operação batizada de Pharos foi colocada nas ruas em 20 estados e no Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (26) no combate a disseminação de material de abuso sexual infantojuvenil na internet.
Em uma ação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Polícia Civil do Paraná, conduz a operação que tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado na aquisição e no compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil na internet. Até o momento, oito pessoas foram presas.
A operação contou com o apoio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e mobilizou as Polícias Civis do Distrito Federal e de 19 estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Durante a ação, foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão domiciliar em 49 municípios, incluindo Salvador (BA), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP), Pelotas (RS) e Apodi (RN). Foram apreendidos computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos que serão analisados pelas autoridades competentes. Mais detalhes sobre a operação podem ser consultados no painel de acompanhamento do Ciberlab .
“Trata-se de um crime de extrema gravidade, e é fundamental que a população esteja atenta, denuncie anonimamente e que as escolas orientem alunos e alunas, incentivando o diálogo com os pais para identificar e reportar casos como esse às autoridades”, afirmou o diretor da Diopi, Rodney da Silva.
As investigações identificaram indivíduos envolvidos na comercialização e na distribuição de conteúdo ilegal por meio de plataformas de mensageria. O objetivo foi desarticular redes criminosas, coletar provas digitais para fortalecer o processo investigativo e garantir a punição dos responsáveis. Além disso, busca conscientizar a sociedade sobre a importância da proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual.
Os investigados poderão responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cujas penas variam de um a seis anos de reclusão, além de multa.
O nome da operação faz referência à palavra grega Pharos, que nomeava a ilha onde foi construído o Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, simbolizando luz na escuridão e proteção.