O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará a primeira reunião com os 37 ministros e ministras que integram o governo nesta sexta-feira (6/1), no Palácio do Planalto, a partir das 9h30. O encontro acontece dias após os ministros da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e da Casa Civil, Rui Costa (PT), divergirem sobre a reforma da Previdência.
Na quarta-feira (4/1), em seu discurso de posse do cargo, Lupi declarou que tinha planos de trabalhar contra a reforma previdenciária aprovada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao que ele chamou, durante discurso, de “antirreforma”.
Mais tarde, Costa foi na contramão e negou que o Planalto estude qualquer proposta que mude as regras da Previdência. “Não há nenhuma proposta sendo analisada ou pensada neste momento para revisão de reforma, seja previdenciária ou outra. Neste momento, não tem nada sendo elaborado”, declarou o ministro.
Logo após a rachadura pública, Costa anunciou a reunião ministerial, que foi confirmada pelo Planalto em seguida. “O presidente Lula já marcou a 1ª reunião ministerial para sexta-feira, para inclusive organizar e reafirmar, ele acabou de me dizer, que qualquer proposta só será encaminhada depois da aprovação do presidente da República”, disse o ministro.
Haddad x Lula
A reunião desta sexta também ocorrerá após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o principal chefe da área econômica, ter defendido que a isenção de impostos sobre combustíveis não fosse renovada.
A ala política do governo, porém, foi no sentido contrário. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse defender prorrogação até ser feito um diagnóstico da política de preços da Petrobras.
Aparar arestas
Em busca de abafar os embates públicos, Lula anunciou a reunião com todos os 37 chefes de pastas da Esplanada. O ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), já apontou que o mandatário pretende fazer “ajustes finos” no grupo.
Metrópoles