DESAFOROS E AGRESSÕES
O domingo passado foi marcado por manifestações públicas, especialmente no Rio de Janeiro, em plena Copacabana, onde a casta do bolsonarismo se apresentou num movimento liderado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, mas que repetidamente se creditava ao pastor Malafaia a incumbência da organização da mobilização.
Pelo que se viu, não foi um movimento igual aos anteriores. Os organizadores, antes do acontecimento, estimavam o comparecimento maciço de cerca de 1 milhão de pessoas.
Posteriormente, acreditavam que a orla de Copacabana receberia cerca de 500 mil pessoas, mas na verdade, o movimento pela “Anistia aos presos de 8/1” não chegou a empolgar os cariocas e, aqui, muito menos aos natalenses, que por sua vez se renderam às intensas chuvas que caíram em Natal durante todo o domingo.
Para uns, o ato público foi para pedir a liberação dos presos que queriam aplicar um golpe de Estado atentando contra a democracia, como quer a esquerda. Para outros, os mais isentos, a manifestação pedia a soltura dos baderneiros que atentaram contra o patrimônio público. Para integrantes da ala ideológica da direita, a mobilização foi feita para pedir anistia aos trabalhadores e trabalhadoras, velhinhos e velhinhas que combatiam o modelo das urnas eletrônicas. Seja qual for o entendimento de cada um sobre a mobilização, se pode afirmar que não conseguiu motivar a quem em outros momentos se dispunha a engrossar esse tipo de manifestação política.
No domingo passado, a mobilização no Rio de Janeiro, que não contou com o público esperado, ou aqui em Natal que não ocorreu por conta das chuvas, serviu apenas para esquentar ainda mais as redes sociais com desaforos e agressões verbais até ameaçadoras da esquerda e da direita, como se com esses exemplos ajudassem a manter a democracia – mesmo sendo agredida em alguns momentos – que aprendemos a praticar desde o fim da ditadura militar.
POLÍTICA
Amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no Rio Grande do Norte para a inauguração da Barragem de Oiticica, cuja construção vem se arrastando pelos governos de Dilma Rousselff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula.
POLÍTICA 2
Todos esses governos deram as suas contribuições em reconhecimento às necessidades das várias regiões que serão beneficiadas pela Barragem de Oiticica, mas amanhã apenas Lula vai se fazer presente e vai enaltecer a si mesmo como o “salvador dos potiguares”. Ninguém duvide.
PISOU NA BOLA
Por ocasião da manifestação em que compareceu domingo passado na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Bolsonaro saiu com essa pérola em seu discurso: “Lutamos por anistia de pessoas de bem.” Menos, né, Bolsonaro!!! Defender baderneiros que depredaram o patrimônio público dizendo que são pessoas de bem é agredir a inteligência de todos.
EXAGERO
O secretário estadual da Fazenda, Cadú Xavier lançado pré-candidato a Governador nas próximas eleições pelo Partido dos Trabalhadores, tem exagerado na dosagem em servir como garoto-propaganda da gestão Fátima Bezerra. Em todos os assuntos do governo, Cadú agora faz postagens nas redes sociais. Está exagerando.
ICMS
Na próxima quinta-feira, 20, entra em vigor o novo percentual do ICMS a ser cobrado no Rio Grande do Norte, passando de 18% para 20% e que deverá contribuir para aumentar a arrecadação do Estado e municípios nessa rubrica.
FECOMERCIO
Sempre cauteloso, o presidente da Fecomercio, Marcelo Queiroz, falou sobre o aumento do ICMS, a partir do próximo dia 20: “Sabemos que a elevação da carga tributária pode exercer uma pressão maior para a elevação dos preços de vários itens, se somando ao atual quadro inflacionário”.
FECOMERCIO 2
Ainda sobre a matéria em que a alíquota do ICMS terá majoração autorizada pela Assembleia Legislativa, o presidente Marcelo Queiroz faz o alerta ao dizer que, “Considerando ainda o cenário de juros elevados observados hoje, esse processo poderá ter repercussões negativas para a atividade econômica do estado”.
INEDITISMO
Duas frases do presidente Lula com relação ao aumento no preço de ovo:
“Não ví nenhuma galinha pedir aumento para justificar esse preço do ovo”. “Quero saber quem foi o pilantra que aumentou o preço do ovo”. Ao que parece, Lula perdeu o senso do ridículo, mas ainda teve gente no palanque que aplaudiu o ineditismo.