O POPULISMO E AS PENALIDADES DOS LÍDERES
Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas – FGV, “De acordo com estudiosos políticos, as práticas mais comuns do populismo de direita são a realização das vontades do governante como se fossem vontade do povo, o discurso antielite, ataques contra o intelectualismo e o cientificismo, além de um discurso moralista com forte apelo religioso”.
Dentro dessa definição, podemos enquadrar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que saído do baixo clero da Câmara de Deputados e aproveitando de uma imaginável queda de popularidade dos grandes líderes da esquerda – especificamente as lideranças do Partido dos Trabalhadores por conta do envolvimento com escândalos de corrupção – conseguiu tirar a direita ideológica de seu profundo sono, se tornando o seu líder maior.
Tal como Lula, líder maior da esquerda ideológica, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro se tornou um líder populista e em ambos, denúncias e mais denúncias de corrupção comprovadamente verdadeiras ou não dificilmente afetam por completo suas imagens.
Foi assim com Lula, envolvido direta e indiretamente em escândalos de corrupção, condenado e preso se manteve líder enquanto suas penalidades apenas contribuíram para impulsionar o antipetismo, mas em quase nada afetou a sua popularidade perante os seus seguidores.
Agora, a história se repete com Bolsonaro. Dentro de seu estilo próprio durante todo o seu mandato como presidente da República Federativa do Brasil, Jair entrou na contramão de como se faz política com inteligência, desdenhou da imprensa, desafiou o bom senso, estimulou desavenças, quebrou regras de civilidade e escolheu desafetos em outras esferas do poder como se fosse permanecer para sempre no cargo que ocupava pensando em continuar ileso.
Vivendo um verdadeiro inferno astral, Bolsonaro tem enfrentado a sanha de desafetos conquistados durante sua permanência na presidência da República que se valem hoje da pequenez de seu envolvimento – bem diferente de Lula – mas que pode lhe custar tão caro quanto as penas por conta dos gigantescos desvios de recursos financeiros públicos praticados nas gestões Lula 1 e 2 e Dilma 1 e 2. Mas a popularidade de Bolsonaro permanece, como aconteceu com Lula. Ambos populistas, apenas em fronteiras distintas.
PRÊMIO
O Senac/RN recebeu na última sexta-feira, 25, o prêmio IEL de Talentos 2023, em duas categorias. A instituição conseguiu os 1º e 2º lugares na categoria Projeto Inovador e garantiu o 3º lugar na categoria Educação Inovadora – Ensino Nível Técnico. A primeira colocação no Projeto Inovador ficou para Erick Santos Silva, enquanto que a segunda colocação foi conquistada por Francisco Daniel Davi, também na área de TI do Senac.
MOSSORÓ
O prefeito Alysson Bezerra está fazendo direitinho o dever de casa em termos de comunicação. Nessa segunda-feira, 28, ele reuniu a imprensa para fazer uma demonstração sobre o impacto nas áreas econômica e administrativa da municipalidade por conta da queda do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. A situação do município se agrava com a retenção das transferências que o Governo do Estado vem fazendo. Amanhã, o prefeito de Mossoró vai engrossar o movimento organizado pelos demais prefeitos em protesto contra as constantes quedas na arrecadação do FPM.
DILMA
Em sua edição dessa segunda-feira, 28, o jornal Estado de São Paulo, conhecido por Estadão, publicou a seguinte nota: “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (POT) mentiu neste sábado, 25, em Angola, ao dizer que “as pedaladas fiscais”, que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), não existiram. Em 2016, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou a prática e concluiu que o governo Dilma repetiu as “pedaladas” no primeiro e no seu segundo mandato. A prática foi revelada pelo Estadão”.
ADJUTO
A cobrança de taxa pelo uso da água bruta voltou a ser tema na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN). Agora foi a vez do deputado Adjuto Dias (MDB) questionar essa cobrança ao dizer que “Os produtores rurais, agricultores e pecuaristas, além de representantes da indústria, estão bastantes preocupados com as informações que circulam, principalmente porque a cobrança deve alcançar desde os poços artesianos até a água dos rios”. O assunto vai ser tema de Audiência Pública a ser realizada na Câmara Municipal de Caicó, na próxima sexta-feira, 01/09.