Nesta sexta-feira (28), cinco policiais militares pertencentes ao Batalhão de Polícia de Choque do Rio de Janeiro foram detidos. As prisões estão relacionadas a crimes cometidos durante a Operação Contenção, ocorrida em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, e que resultou em 122 mortes.
Uma megaoperação no Rio de Janeiro resultou na prisão de cinco policiais militares (PMs) por diversos crimes. A ação, conduzida pela Corregedoria-Geral da PM, também visa outros cinco PMs com mandados de busca e apreensão. As investigações que desencadearam a operação nesta sexta-feira se basearam na análise de imagens capturadas pelas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) utilizadas pelos policiais.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, as investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que identificou indícios de cometimento de crimes militares no decorrer do serviço.
Em nota, o comando da corporação diz que não compactua “com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.
Roubo de fuzis
De acordo com a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC), que acompanha a operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar, os indícios revelados pelas câmeras corporais incluem “o furto de um fuzil possivelmente destinado à revenda para criminosos”, conforme divulgou a presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL).
A parlamentar destacou que a comissão atua no território onde foi deflagrada a megaoperação, que colheu denúncias, acompanhou famílias e oficiou órgãos com pedidos de transparência e preservação de provas. Esse material foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em reunião em Brasília no início do mês, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), conhecida como ADPF das Favelas , na qual a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania atua como amicus curiae. Uma das principais demandas apresentadas pelos amici tem sido a federalização das investigações.
*Com informações de Agencia Brasil

