ERRO
Pessoas próximas ao prefeito de Natal, Álvaro Dias, apontam que o gestor errou feio no tempo de escolha de um candidato para chamar de seu. Teve oportunidade de preparar uma candidatura que poderia ter chegado competitiva em 2024. Não fez, se confiou no peso da gestão e o resultado não foi o esperado.
CONFIANÇA
Na realidade, Álvaro achou que sua popularidade e o peso positivo de sua gestão seriam suficientes para que ele pudesse emplacar qualquer nome e que esse nome cresceria por ser apoiado pelo prefeito bem avaliado.
REALIDADE
O prefeito de Natal está bem avaliado, tem um acervo de realizações e vai deixar um legado de obras importantes, feitas em parceria com a bancada em Brasília e com o governo federal. Porém, o que ele acha que isso representa, é diferente do que o eleitor acha que realmente é.
PASSADO
Em 1992, Wilma de Faria vinha com uma gestão bem avaliada e era uma política atuante. Viu na disputa entre dois irmãos gêmeos, Henrique e Ana Catarina, a possibilidade de apresentar um candidato técnico, Aldo Tinôco Filho, como seu sucessor.
PASSADO II
A ideia de Wilma funcionou. O eleitorado recusou Ana, deixou Henrique e Aldo no segundo turno e a rejeição do filho de Aluízio o derrotou por uma diferença de apenas 961 votos, ou 0,42% de distância de Aldo para Henrique.
AVISO
Há tempos que a coluna avisa que Álvaro não é Wilma e os tempos são outros; os adversários também. O prefeito não preparou ninguém com consistência técnica e apelo popular. O quadro é bem diferente do que ele possa imaginar.
ESCOLHA
Álvaro Dias terá que escolher entre os candidatos que ele não escolheu e que não gostaria de votar. Carlos Eduardo se afastou dele e não deixou lembrança do tratamento que recebeu como vice; Paulinho Freire já foi aliado e até visto como adversário; Rafael Motta saiu da gestão para lutar contra a gestão. Não tá fácil para o pai de Adjuto.
DECISÃO
O prefeito vai ter que tomar uma decisão. Qualquer que seja ela, trará consequências para a sucessão em Natal e para seu futuro político. É momento de analisar com calma, longe das pressões naturais, de quem tem interesse no processo e ponderar os prós e contras da escolha. No presente e no futuro.
FORA
Álvaro precisa lembrar que, independente de quem vai ser eleito em outubro, ele deixará o cargo no final do último dia de 2024. Sem cargo, sem caneta, sem mandato. Quem poderá lhe abrigar confortavelmente até chegar 2026?
APOIO
Até chegar 2026, Álvaro Dias precisa ter um grupo, produzir visibilidade e criar viabilidade para chegar no ano da eleição com musculatura para conquistar espaço na chapa majoritária.
VACINAÇÃO
O negacionismo contra a vacina na época da Covid, por puro capricho político, está apresentando a conta na baixa procura por vacina nos dias atuais. Está sobrando vacina para combater a Dengue nas prefeituras.