Por Fábio Pacheco
Não há como falar do Brasil em Paris 2024 sem falar do esporte olímpico feminino. Das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil, 12 foram exclusivamente femininas e uma foi com equipe mista de judô. Os três ouros foram de mulheres: Beatriz Souza (judô), Rebeca Andrade (ginástica artística) e Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia).
Ainda tivemos a medalha de prata no futebol feminino, a prata com Tati Weston-Webb, no surfe, o bronze com Rayssa Leal, no skate, Larissa Pimenta, no judô, e Bia Ferreira, no boxe. Mulheres brasileira que mostraram força, garra e alto nível de rendimento.
Entre tantas performances de destaque, temos que ressaltar, é claro, a maior de todas, a ginasta Rebeca Andrade, que virou ícone mundial ao ser reverenciada por Simone Biles no pódio, e a maior medalhista da história do Brasil, com seis pódios no total. Foram quatro medalhas – ouro no solo, prata no individual geral e no salto e bronze por equipes.
Até quem ficou sem medalha por muito pouco como Ana Sátila, com seu desempenho histórico – 4º lugar no K1 e 5º no C1, e dona dos melhores memes das redes sociais, ganhou o carinho da torcida. No badminton, Juliana Viana conseguiu a primeira vitória olímpica de uma brasileira na modalidade; Valdileia Martins quebrou o recorde brasileiro, que durava 35 anos, e conseguiu a melhor marca da carreira, com 1,92m no alto em altura;
“Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte, também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo” comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB.