Indicado pelo presidente Lula (PT) para a presidência da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT) contou com uma “ajuda” da primeira-dama Janja da Silva para conseguir conversar a sós com o chefe do executivo federal, em agosto passado, conforme o colunista do Metrópoles Paulo Cappelli, nesta segunda-feira (2).
O favor teria ocorrido durante um jantar servido pelo parlamentar, em sua residência em Natal, em uma das visitas oficiais do então candidato à Presidência da República ao Rio Grande do Norte, antes do primeiro turno das eleições gerais de 2022.
“Como de costume, uma penca de políticos petistas acompanhou Lula naquela noite. Lá pelas tantas, com a sobremesa já servida, Jean se deu conta de que não conseguira ficar um minuto sequer a sós com Lula. Uma pessoa próxima ao senador, então, pediu a Janja que tirasse o marido da aglomeração e o levasse a um cômodo no qual, estrategicamente, Prates já estava aguardando. Janja puxou Lula pela mão e, enfim, o senador conseguiu alguns minutos a sós com o presidente”, escreveu o colunista.
Para ele, a ajuda talvez tenha sido determinante para que Jean fosse indicado para assumir a presidência da Petrobras, caso seja aprovado pelo Conselho de Administração da empresa. Jean é advogado, economista e especialista no setor energético, com mais de 25 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais.
Durante a transição, foi coordenador de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e era o responsável por dar declarações sobre o futuro da Petrobras. No Senado, além ser líder da Minoria no Congresso, Jean atua nos temas envolvendo transição energética e práticas sustentáveis.
O senador também é o autor da lei que regulamenta a captura e o armazenamento de carbono, relator do Marco Legal das Ferrovias, das novas leis sobre a produção de biogás em aterros sanitários e da nova lei de mobilidade urbana sustentável.
Jean foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 80. Fundou a primeira consultoria especializada em petróleo do Brasil no início dos anos 90, participou da elaboração da Lei do Petróleo em 1997 e foi secretário de Estado de Energia do Rio Grande do Norte.