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    ARTIGO

    ENCONTRO COM A POESIA: JOIAS DO ROMANTISMO

    Horácio Paiva
    28/02/2024, 08:47 Artigos
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    Neste intervalo contemplativo, sob o domínio da emoção romântica, estampo alguns caros poemas, lidos e relidos no tempo que me coube: O INFINITO, do italiano Leopardi e TRISTEZA, do francês Musset. Os seus tradutores são, respectivamente, Vinicius de Moraes e Guilherme de Almeida. No final, introduzo uma nota sobre o genial poeta romeno Eminesco, acompanhada de uma de suas poesias, um soneto traduzido por Nelson Vainer. Vejamos, então:

    GIACOMO LEOPARDI (1798-1837)

    O INFINITO
    Sempre cara me foi esta colina
    Erma, e esta sebe, que de tanta parte
    Do último horizonte o olhar exclui.
    Mas sentado a mirar, intermináveis
    Espaços além dela, e sobre-humanos
    Silêncios, e uma calma profundíssima
    Eu crio em pensamentos, onde por pouco
    Não treme o coração. E como o vento
    Ouço fremir entre essas folhas, eu
    O infinito silêncio àquela voz
    Vou comparando; e vem-me a eternidade
    E as mortas estações, e esta, presente
    E viva, e o seu ruído. Em meio a essa
    Imensidão meu pensamento imerge
    E é doce o naufragar-me nesse mar.

    ALFRED DE MUSSET (1810-1857)

    TRISTEZA Eu perdi minha vida, e o alento
    E os amigos, e a intrepidez,
    E até mesmo aquela altivez
    Que me fez crer no meu talento.

    Vi na Verdade, certa vez,
    A amiga do meu pensamento;
    Mas, ao senti-la, num momento
    O seu encanto se desfez.

    Entretanto, ela é eterna, e aqueles
    Que a desprezaram – pobres deles! –
    Ignoraram tudo talvez.

    Por ela Deus se manifesta.
    O único bem que ainda me resta
    É ter chorado uma ou outra vez.

    NOTA:
    Dentre tais expoentes europeus – e outros de igual magnitude – uma estrela brilha na Romênia e seu brilho aquece o Ocidente, embora pouco notado entre nós: MIHAIL EMINESCO, aquele que disse o seu epitáfio nesses versos:

    “Tenho ainda um desejo:
    Na tarde silente
    Me permitais morrer
    Na beira do mar.”

    Conheço-o graças à ANTOLOGIA DA POESIA ROMENA, traduzida e organizada por Nelson Vainer, editada em 1966 (pela Editora Civilização Brasileira), e que tenho a subida honra de possuir desde então, como presente do hermano Hermano.
    Dele faz rasgados elogios Giuseppe Ungaretti: “Raramente se encontra na literatura dos últimos dois séculos uma figura de escritor e poeta mais complexa e mais completa que a de Mihail Eminesco.” “(…) poeta de sentimento torturado e ardente até à conquista do mais alto esplendor, que faz dele um dos maiores poetas do seu tempo e de todos os tempos, através da humanidade, Eminesco permanece para sempre um dos mestres da palavra poética profundamente inspirado.”
    Bernard Shaw, em carta dirigida à escritora Sylvia Pankhurst que, em 1930, publicara, em Londres – e pela primeira vez em inglês -, uma coletânea de poemas de Eminesco, situa o poeta entre os maiores poetas românticos do século XIX.
    O meu amigo e poeta, o norte-rio-grandense Jarbas Martins, que acolhe e coleciona sonetos, certamente gostará deste, romântico. Não é a obra-prima de Eminesco, geralmente assim considerado o seu poema LÚCIFER (Estrela da Manhã), um longo de 46 quadras, ou seja, 184 versos. Mas o soneto escolhido é belo e traz, bem talhada, a medida do romantismo:

    SONETO
    Quando a própria voz dos pensamentos se cala,
    e em mim ressoa um canto doce e piedoso
    então, te invoco; ouvirás o meu apelo?
    Das brumas frias em que nadas, irás libertar-te?

    Irão iluminar a noite profunda
    os teus olhos grandes, portadores de paz?
    Ressurges da sombra dos tempos idos,
    Para ver-te voltar – como em sonho, assim, viva!

    Desces devagar… perto, mais perto,
    aconchegas-te novamente sorrindo à minha face,
    oh, teu amor com um suspiro mostra-o,

    com tuas pestanas tocas as minhas pálpebras,
    que eu sinta a vibração do teu abraço
    perdida para sempre, eterna adorada.

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