BARRAGEM DE OITICICA NÃO FOI PRIORIDADE
Na última quarta-feira, 19, Dia de São José, a festa foi grande para inaugurar a Barragem Oiticica que possibilitará a autonomia hídrica na região Seridó do Rio Grande do Norte.
Claques se vestiram de vermelho, prefeitos e deputados convidaram seus eleitores, a governadora Fátima Bezerra mobilizou seu secretariado – especialmente o seu secretário preferido, Cadu Xavier, que está indicado para lutar para ser seu sucessor – para a festança. Por sua vez, Lula, sem Janja, pegou o jato presidencial e aqui chegou para a inauguração da Barragem de Oiticica.
Muita água, muita festa, muitas emoções. Enquanto o presidente Lula se ajoelhava, a governadora Fátima ia às lágrimas, revelando estar lembrando de sua mãe, dona Luzia, que enfrentou anos de seca na Paraíba.
Jornais, emissoras de rádio e de Tv, sites, blogs atentos e todos registraram a entrega da Barragem de Oiticica que teve o seu custo final calculado em R$ 850 milhões arredondados e é a segunda maior barragem, em armazenamento de águas do RN. Só perde para a “Armando Ribeiro Gonçalves”, no Vale do Açu.
Mas depois de tudo isso, ficou uma pergunta no ar: por que a construção da Barragem de Oiticica não foi uma prioridade do governo federal?
A história mostra que a concepção da ideia de se construir a Barragem de Oiticica data do ano de 1951, e o início da construção em 2013 graças a interferência do deputado Henrique Alves (PMDB) que, na condição de presidente da Câmara dos Deputados, teve força e argumentos para convencer a presidente Dilma Rousseff (PT) liberar os primeiros recursos, quando o projeto completo representaria, no princípio da obra, já reajustando o valor inicial de R$ 241,7 milhões da concepção, investimentos da ordem de R$ 311 milhões.
A coluna consultou um amigo engenheiro civil que estabeleceu em 5 anos o tempo suficiente para a construção da Barragem, ressaltando levar em consideração a parte técnica de engenharia. Pois bem, em vez de 5 anos, a obra levou mais que o dobro; levou 12 anos – tempo de 3 mandatos de presidente da República – para ser construída, elevando seu custo em 156%.
Alguém tem dúvida de que essa obra, considerada prioridade a ser erguida em estados do Sul ou do Sudeste, teria gasto todo esse tempo de 12 anos? Claro que não teria demorado tanto.
A Barragem de Oiticica é realmente uma obra pujante, de grande representatividade para o RN, especialmente para a região do Seridó, e está aí pronta para que a população usufrua de seus benefícios.
Mas não foi uma prioridade do governo federal para com o Rio Grande do Norte.
SELIC
O Banco Central aumentou a taxa anual de juros, de 13,25% de fevereiro, para o patamar de 14,25%. Desde o final de dezembro/24 que Campos Neto já não está mais na presidência do BC. E agora, a quem Lula vai culpar pelos aumentos da taxa de juros?
REDEMOCRATIZAÇÃO
Todos têm direito às suas opiniões, mas se estamos comemorando 40 anos da Redemocratização do país é porque passamos por um período de exceção, no caso, a ditadura militar. Em 1985, voltamos ao período democrático, inclusive com eleições livres, pelo voto popular para todos os cargos eletivos, a partir de 1990.
VIOLAÇÃO
A direita ideológica tem razão quando diz que o ministro Alexandre de Morais viola o direito de defesa. A tese da direita está amparada agora por uma afirmação da Defensoria Pública da União (DPU) sobre um dos processos de 8 de janeiro.
VIOLAÇÃO 2
A ação da DPU afirma que o ministro Alexandre de Morais não autorizou intimar uma testemunha que provaria que a ré Diovana Vieira, presa no acampamento em frente ao Exército, um dia depois dos atos golpistas, só chegou a Brasília após o ataque às sedes dos Três Poderes.
VIOLAÇÃO 3
Segundo a Defensoria Pública da União, a atitude do ministro do STF em não convocar a testemunha apresentada é “uma violação ao contraditório e à ampla defesa”. Para a DPU, a defesa de Diovana Vieira seria o motorista do ônibus que a trouxe a Brasília, chegando no final da tarde do dia em que houve a depredação, pela manhã, às sedes dos Três Poderes.