NEM ROGÉRIO, NEM CADU
O lançamento de candidatos às eleições majoritárias de outubro de 2026 no Rio Grande do Norte foi tomado de uma antecipação ainda não vista no cenário da política potiguar.
Já no mês de janeiro deste ano de 2025, portanto com a antecipação de 1 ano e 8 meses, o senador Rogério Marinho (PL) juntou lideranças políticas de opções ideológicas de centro, centro-direita e direita para lançar o seu próprio nome e o nome do ex-prefeito de Natal Álvaro Dias ao governo do estado, embora anteriormente, em entrevista a este Diário do RN tenha incluído o nome do prefeito de Mossoró Alysson Bezerra.
Há pouco, no mês de fevereiro, antes do carnaval, o grupo liderado pela governadora Fátima Bezerra surpreendentemente lançou o nome do atual secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (recém filiado ao PT), neófito na política partidária, como o seu sucessor.
Do lado da oposição, o senador Rogério Marinho sabe que seus planos políticos são outros que o de se candidatar ao governo do estado. Rogério sabe que o seu papel político será desempenhado em nível nacional já que tem incorporado o espírito bolsonarista, apesar de na sua essência não ser tão radical quanto. Daí se deduz que ficam como alternativas no grupo oposicionista o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) e Alysson Bezerra (União Brasil). Ponto. Rogério é carta fora do baralho nessa disputa interna, apesar da insistência de correligionários.
Do outro lado, na situação, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a governadora Fátima Bezerra conseguiram o que queriam: a renúncia antecipada do vice-governador Walter Alves (MDB) à sua natural candidatura ao governo do estado, não se sabe a que custo. Fátima quer ser candidatada a Senadora, terá que passar o governo para Walter, que naturalmente seria candidato à reeleição, mas nem o PT e nem Fátima querem substitutos de outro partido.
Sem nome com peso eleitoral – a deputada Natália Bonavides não se dispõe a se candidatar para descascar o “pepino” no governo – O PT não teve outra alternativa a não ser lançar o nome de Cadu Xavier.
Enquanto não chegam as convenções partidárias, Cadu vai “esquentando o banco” para vir a disputar a eleição proporcional. Enquanto isso, o PT busca alternativa mais eficiente para disputar o governo do estado.
Rogério e Cadu, certamente, não disputarão o pleito majoritário no RN.
ICMS
O deputado Nelter Queiroz fez discurso ontem na Assembleia Legislativa, pedindo que a governadora Fátima Bezerra suspendesse a aplicação da cobrança de 20% do ICMS, permanecendo em 18% até o próximo ano, por conta do aumento no preço dos produtos da cesta básica.
IGNORÂNCIA
O deputado de Jucurutu desconhece que quando encaminhou a matéria do ICMS para a Assembleia Legislativa, a governadora Fátima já especificou produtos em quais não seriam aplicados nenhuma cobrança do ICMS e em outros, o percentual seria apenas de 7%.
ISENÇÃO
Entre os produtos que estão completamente isentos de alíquotas do ICMS estão ovos, leite pasteurizado, frutas e verduras, farinha de mandioca, queiro de coalho e de manteiga, mel e rapadura.
TAXAÇÃO
Para conhecimento do deputado Nelter Queiroz, existe uma lista de produtos da cesta básica em que serão cobrados apenas 7% de ICMS, que são: arroz, feijão, fava, café torrado e moído, flocos e fubá de milho, óleos de soja e de algodão, margarina, pão francês e frango inteiro.
DISCORDÂNCIA
Um leitor assíduo da coluna entrou em total discordância com o que foi escrito e sapecou: “Amigo, discordo da ‘pisada de bola’ de Bolsonaro. Em momento algum ele falou em anistia para os baderneiros. Ele sempre falou que quem provocou aquela baderna deve ser condenada. A questão é que o careca cabeça de ovo tá condenando inocentes e deixando de lado os verdadeiros arruaceiros. Anistia já! ”
REI MORTO, REI POSTO
A frase Rei Morto, Rei Posto teve nascedouro em solo francês, mas se aplica bem em todos os momentos em que deixam de reconhecer o mérito a alguém que já não se encontra em evidência.
ESQUECIMENTO
Nesta 4ª feira, na inauguração da Barragem de Oiticica todos os méritos vão para o presidente Lula e para a governadora Fátima. Vão esquecer do ex-deputado Henrique Alves, que quando poderoso presidente da Câmara dos Deputados, fez pressão junto à então presidente Dilma para dar início e continuar a construção da Barragem de Oiticica.