“Mais um forte reforço”, comemorou o senador eleito Rogério Marinho (PL), ao anunciar que o PL firmou acordo com o PP e o Republicanos para fechar um bloco de apoio à sua candidatura à presidência do Senado. O anúncio oficial será neste sábado (28), em Brasília. Rogério, que assume o mandato na próxima quarta-feira (1º), disputa com o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD) e com Eduardo Girão (Podemos).
“O Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, acertou com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, e com a futura senadora e líder do PP, Tereza Cristina, a formalização de um bloco de apoio ao candidato do PL à Presidência do Senado. O Senado precisa ser respeitado e equilibrar os poderes das instituições pela constituição”, disse, nesta quinta-feira (26).
Recentemente, Rogério sinalizou que a linha de sua campanha é apostar na eventual falta de condições de Pacheco de liderar o Senado frente ao fortalecimento do Judiciário. “Houve invasão de prerrogativas por parte do Judiciário. Hoje você vê alinhamento do Judiciário com o governo Federal e a vitória do Pacheco manterá isso”, afirmou.
As eleições para a presidência do Senado têm chamado atenção desde os atos golpistas de 8 de janeiro, após extremistas cria páginas na internet incitando as pessoas a pressionem seus senadores a votar em Rogério. A estratégia Rogério: randi do gabinete do ódio”, termo usado para se referir aos assessores de Jair Bolsonaro, responsáveis pela comunicação nas redes sociais do ex-presidente, de acordo com o jornal O Globo.
Conforme a matéria, “os argumentos têm ligação direta com as pautas golpistas. Entre os principais argumentos, está o de que Rogério seria o nome capaz de ‘parar’ o Supremo Tribunal Federal (STF) e acatar os pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Morais, que Pacheco não colocou em pauta. Em paralelo, este vem sendo acusado de ‘omissão’ perante aos temas golpistas e chamado de ‘traidor da pátria’ e ‘canalha’, entre outros xingamentos”.
SEM VOTOS DO RN
Somadas, as três legendas contam com 23 senadores, mas, para ser eleito, Rogério precisa obter 41 votos ou mais. Ironicamente, ele não terá o voto de seus colegas potiguares, os parlamentares Zenaide Maia (PSD) e Styvenson Valentim (Podemos), que já anunciaram que não votarão no futuro parlamentar. Zenaide já deixou claro, em entrevistas recentes a emissoras do interior do Estado, que votará em Rodrigo Pacheco.
E Styvenson, apesar de dizer que não se definiu ainda, falou no nome de Eduardo Girão, seu colega de longa data. “Tem três candidatos. Um, muito amigo meu, próximo. Um senador que está desde o início no Podemos e sempre acompanha o nosso trabalho, veio aqui (no Estado) durante a campanha, que é o Eduardo Girão. Tem integridade, tem personalidade, tem idoneidade e características boas para assumir qualquer cargo”, afirmou.