O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (18) derrubar o sigilo da decisão que impôs ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o uso de tornozeleira eletrônica, além de outras medidas cautelares.
Entre as determinações estão o recolhimento domiciliar no período noturno e durante os finais de semana. Bolsonaro também está proibido de usar redes sociais, manter contato com outros investigados e se aproximar de embaixadas ou diplomatas estrangeiros.
A decisão foi tomada após uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada pelo STF, que realizou busca e apreensão na residência do ex-presidente e na sede do Partido Liberal.
Segundo os investigadores, as primeiras ações de Bolsonaro e do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, começaram em 7 de julho, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma mensagem sobre o “tratamento do ex-presidente”.
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A Polícia Federal aponta que Bolsonaro teria incentivado seus seguidores a se posicionarem contra o Poder Judiciário. Essas ações teriam sido fundamentais para que Trump adotasse medidas contra o Brasil, com o objetivo de criar obstáculos econômicos nas relações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil. Tal estratégia visava impedir o andamento da Ação Penal nº 2.668 no STF, que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.