O sinal de alerta está ligado no Rio Grande do Norte. O estado é um dos 12 no Brasil com tendência de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o mais recente boletim da Fiocruz. Em um período do ano já marcado pelo aumento de doenças respiratórias, um hábito perigoso ganha força: a automedicação.
Tomar remédios sem prescrição médica, além de muitas vezes não funcionar, pode ser uma armadilha. “A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico correto, causar efeitos colaterais graves e interações medicamentosas perigosas”, adverte a professora Jéssica Nayane, do curso de Farmácia da Estácio.
O erro fatal dos antibióticos
Um dos maiores erros da população é usar antibióticos para tratar gripes e resfriados. Esses medicamentos combatem bactérias, enquanto as síndromes gripais são causadas por vírus.
“O uso inadequado de antibióticos contribui diretamente para o avanço da resistência bacteriana, um problema de saúde pública que pode tornar infecções futuras muito mais difíceis de tratar”, explica a farmacêutica.
Nem o chá da vovó escapa: o perigo dos “naturais”
O risco não para nos antibióticos. Anti-inflamatórios, antialérgicos e até mesmo chás e fitoterápicos, muitas vezes vistos como inofensivos, podem ser perigosos. Para quem sofre de hipertensão, diabetes ou problemas gástricos, os efeitos colaterais vão de taquicardia e insônia a intoxicações graves.
“A crença de que ‘o natural não faz mal’ é um equívoco perigoso. Muitos fitoterápicos possuem princípios ativos potentes que podem interagir com outros medicamentos”, alerta Jéssica.
Sentiu algo? Saiba o que fazer
A orientação é clara: ao primeiro sinal de sintoma gripal, procure ajuda profissional.
- Primeira opção: Vá à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
- Plano B: Converse com um farmacêutico. Ele pode fazer uma triagem inicial, indicar os primeiros passos e, se necessário, encaminhar para um médico.
“O farmacêutico é um agente essencial na promoção do uso racional de medicamentos. Ele é o elo entre o paciente e o sistema de saúde”, finaliza a professora.
*Com inforrmações Agora RN