O Carnatal faz parte do calendário dos grandes eventos do país e a grande movimentação de foliões e turistas de todos os lugares do Brasil tem grande importância econômica para o Estado. Setores do Comércio, dos Serviços e do Turismo tem, no período, oportunidade para geração de empregos e renda. Para aferir os impactos do evento, o Instituto Fecomércio RN realizou uma pesquisa que detalha o perfil dos participantes, gastos e nível de satisfação.
O levantamento apontou que os gastos dos foliões com a participação na festa, direta e indiretamente, movimentaram cifras em torno de R$ 60,8 milhões em toda a cadeia do turismo. Deste, R$ 41,9 milhões vieram dos turistas, já os residentes da capital potiguar deixaram R$ 18,9 milhões.
“O Carnatal é um evento que se reinventou ao longo das últimas décadas. Nosso objetivo com este levantamento é contribuir para que produtores e empresários que, de alguma forma, se beneficiam com o evento, possam compreender o comportamento do mercado, realizar avaliações e adotar decisões estratégicas futuras”, pontuou o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz.
“Essa pesquisa é o primeiro levantamento do tipo em mais de 30 anos de evento. Eu diria que, hoje, este é o maior documento do Carnatal que temos em mãos e certamente vai trazer mudanças para o nosso planejamento para um evento ainda melhor em 2023. Quero registrar meu agradecimento pela iniciativa da Fecomércio RN, que é uma grande parceira do Setor de Eventos e que vem desempenhando um trabalho de apoio e fortalecimento das nossas atividades, especialmente desde a Pandemia”, afirmou o empresário da Clap Entretenimento, Fred Queiroz, um dos responsáveis pela realização do evento.
Gastos
De acordo com os resultados do levantamento, o público potiguar deste ano gastou, em média individual por dia, R$ 596,40 no Carnatal, valor distribuído entre diversão (33,96%), compras (32,59%), alimentação/bebidas (25,75%) e transporte (7,70%).
Os turistas gastaram individualmente, por dia, R$ 1.323,05, direcionados para diversão (28,05%); alimentação/bebidas (23,05%); compras (22,65%), hospedagem (16,12%) e transporte local (10,13%).
Renda
A maior parcela (33,72%) das pessoas que estiveram na festa possuía renda de três a cinco salários mínimos. Já 29,52% dos participantes entrevistados declararam rendimentos de até dois salários; 20,74% entre seis e 10 salários; e 12,60% mais de 10 salários mínimos. A renda média calculada com base nas respostas dos entrevistados ficou em 4,6 salários mínimos. Os turistas que participaram do Carnatal possuíam renda média de 6,1 salários, enquanto os potiguares de 3,8 salários.
A pesquisa mostrou ainda que 66,54% dos participantes eram norte rio-grandenses, enquanto 33,46% das pessoas eram turistas.