A eleição para o comando do Senado Federal está sendo considerada a disputa correspondente ao terceiro turno entre Lula e Bolsonaro, representados por Rodrigo Pacheco e Rogério Marinho.
Lula venceu os dois turnos da eleição presidencial de 2022 e o pleito para a presidência do Congresso estava sendo travado como uma eleição normal, sem a participação direta, ostensiva, dos dois principais líderes populares que se digladiaram nas urnas em outubro passado e somaram 118 milhões de votos recebidos dos brasileiros.
Porém, enquanto Rodrigo Pacheco recebia o apoio do PT e de senadores aliados a Lula, mas de forma discreta, afinal, ele também foi aliado de Bolsonaro e eleito por seu grupo político para presidir o Senado, Rogério Marinho passou a receber ostensivamente o apoio de Bolsonaro, que entrou em campo para pedir votos por telefone para seu ex-ministro. Com isso, estabeleceu-se o clima de terceiro turno da eleição presidencial, entre o candidato de Lula e o de Bolsonaro.
Rodrigo Pacheco é considerado favorito, mas Rogério cresceu na reta final e recebeu alguns apoios que o governo não contabilizava.
A imprensa nacional não considera a possibilidade da vitória de Rogério Marinho e dá como certa a reeleição de Pacheco, que faria Lula ganhar o terceiro turno contra Bolsonaro, que continua em Orlando, Estados Unidos. O resultado saberemos mais tarde.
VOTO DO RN
A eleição para a Mesa Diretora do Senado Federal acontece nesta quarta-feira (1º) e, até o momento, o senador Rogério Marinho (PL), que disputa a presidência da Casa com o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Eduardo Girão (Podemos-CE), não tem garantia alguma de que receberá um voto dos colegas do Rio Grande do Norte.
Entre seus dois colegas da bancada potiguar, caso venha a ter voto, poderá ser do senador Styvenson Valentim (Podemos), que confirmou ao Diário do RN nesta terça-feira (31) que somente iria se decidir na hora da votação. Dividido entre Rogério e seu amigo de longa data e de partido Eduardo Girão, o parlamentar afirmou considerar os dois bons representantes do povo, apesar de Rogério Marinho ter um viés mais radical. “Não concordo com algumas coisas dele, coisas da extrema direita”.
As informações vindas de Brasília dão conta que Girão deve desistir e a bancada do Podemos estará livre para escolher qualquer candidato e Styvenson deverá apoiar Rogério Marinho.
Já para a senadora Zenaide Maia (PSD), que votou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República, não há o que questionar. Seu voto será em Rodrigo Pacheco para comandar o Senado Federal. Em entrevistas recentes a emissoras de rádio do interior do Rio Grande do Norte, a parlamentar deixou claro que não votará em um representante do bolsonarismo em Brasília.

