KAPPAPHYCUS É PRIORIDADE PARA O RN E O NORDESTE
Desde que o professor-pesquisador Maulori Cabral, potiguar que compõe os quadros da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, chegou a Macau, há pouco mais de 6 anos, ainda na gestão do então prefeito Túlio Bezerra Lemos, para participar de Seminário Municipal que discutia as potencialidades marinhas do município, começou a ser discutida a possibilidade do cultivo das algas do tipo kappaphycus alvarezii na costa do Rio Grande do Norte.
Não seria apenas o simples cultivo de um novo tipo de macroalga marinha. O aprofundamento na pesquisa desenvolvida pelo professor Maulori Cabral tinha razões para ele acreditar que, pelo fato da kappaphycus alvarezii já estar no Brasil desde 1995 e a liberação para o cultivo comercial dessa macroalga, sob legislação ambiental, já ter sido concedida pelo IBAMA, para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em 2008, e para Santa Catarina em 2020, é fácil deduzir que, se, durante essas três décadas nenhuma evidência de caráter invasivo foi até agora relatada no Brasil, assim como não o foi nos países onde essa linhagem genética de kappaphycus vem sendo cultivada comercialmente nos últimos 55 anos, então, como alavanca para o desenvolvimento da economia sustentável na região, a liberação da linhagem brasileira pode ser estendida também para o litoral potiguar e também para toda a região nordestina.
A linhagem kappaphycus alvarezii introduzida no Brasil tem reprodução puramente vegetativa e capacidade para acumular íons Potássio, a partir da água do mar. Esse acúmulo, num cultivo em larga escala, pode fornecer a quantidade de Potássio suficiente para atender a demanda nacional, alcançando a autossuficiência, prioritariamente no âmbito agrícola, onde a dependência de importação desse elemento chega a 95%, segundo relato do Ministério da Agricultura.
Os primeiros passos foram dados após o Seminário em Macau. O professor Antônio-Alberto Cortez, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, à época Secretário de Agricultura e Pesca em Macau foi o elo para a vinda do professor Maulori Cabral e também foi o responsável para buscar apoio da Secretaria de Estado de Agricultura Pesca e Pecuária, por intermédio do titular Guilherme Saldanha, para que os primeiros encaminhamentos fossem feitos, junto ao IBAMA, visando conseguir autorização do órgão para o cultivo da kappaphycus litoral do RN.
Recentemente, como resultado à solicitação de liberação feita pelo RN, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA expediu autorização para que o Rio Grande do Norte defina as áreas marinhas onde serão desenvolvidas, inicialmente, as atividades de pesquisa e de extensão envolvendo comunidades locais (maricultores, algicultores, pescadores e marisqueiras) no cultivo da kappaphycus alverezii. Isso já é uma grande conquista para todos aqueles que se acham envolvidos no propósito de transformar o polo potiguar em grande produtor de biomassa da espécie, para ser transformada em subprodutos que atendam à produção agropecuária brasileira e também a diferentes segmentos do setor industrial.
Na coordenação da Comissão de Definição e Avaliação dos estudos nas áreas onde serão desenvolvidas as atividades de pesquisa e de extensão para cultivo da macroalga marinha, está a subsecretária de Pesca da SAPP, Luísa Medeiros, agregando a expertises de atores/atrizes já envolvidos no processo da solicitação, com vistas a atender às exigências impostas pelo IBAMA/RN e assim tornar, oficialmente, o RN como estado pioneiro no cultivo da espécie que kappaphycus alvarezii no Nordeste.
A economia do Rio Grande do Norte tem pressa.
ESTRANHEZA
Muito estranho, muito estranho mesmo essa decisão do ministro Fernando Haddad em entrar em gozo de férias num momento em que o governo federal está sob fogo cruzado no Congresso Nacional por conta de medidas adotadas pelo seu ministério.
SUAVIDADE
O senador Rogério Marinho tentou suavizar a falta de sintonia entre o ex-presidente Bolsonaro, que visitava Mossoró e foi até o “Mossoró Cidade Junina”, e o prefeito Alysson Bezerra. Claro que se houvesse interesse entre ambos, o encontro teria acontecido.
EZEQUIEL
Com sua acertada transferência para assumir o comando do MDB, o deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza tem deixado em aberto qualquer possibilidade de candidatura nas próximas eleições. Sinal de que se “o cavalo passar selado” novamente ele poderá embarcar até em candidatura para o Executivo.
EZEQUIEL 2
O presidente da ALRN tem dito que para tomar a decisão para disputar qualquer outro cargo que não seja o de deputado estadual, ele vai continuar a “ouvir o povo”. Sinal que Ezequiel ainda não se decidiu pelo cargo que vai disputar. Pode surpreender.