O ESVAZIAMENTO DE UM PODER DESGASTADO
Desde que as primeiras pesquisas de opinião pública feitas este ano foram publicadas que estamos acompanhando um declínio na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que dá sinais de cansaço, de incertezas, de descontroles nas contas públicas que juntamente com acontecimentos climáticos têm puxado para cima os preços de gêneros alimentícios gerando inflação cada vez mais alta. Daí a impopularidade de Lula ter ficado nos últimos três meses com a avaliação negativa acima da positiva.
No último mês de abril, vimos os números da avaliação desaprovando a gestão do presidente Lula deixar de crescer e mesmo assim, a popularidade positiva ficou abaixo da negativa, embora campanhas publicitárias tenham se massificado em rádios, jornais e televisões. A proximidade da disputa de um novo pleito e com os números da avaliação do desempenho da gestão de Lula em baixa parece que até os apoios políticos vão também desaparecendo.
Ultimamente, movimentos internos nos partidos políticos têm trazido preocupações para o presidente Lula. É o caso do União Brasil que compôs Federação com o Partido Progressista, criando o União Progressista Brasileiro – considerada a maior bancada na Câmara Federal e também contando com cerca de 1.400 prefeitos espalhados pelo Brasil – que já demonstrou suas pretensões em deixar a base do governo Lula, embora até o momento continue a ocupar três Ministérios na gestão petista.
Outro partido que também poderá anunciar a saída da base governista é o PDT – Partido Democrático Brasileiro que teve o seu “chefe-maior” Lupi defenestrado do Ministério da Previdência por não ter tomado as devidas providências para estancar a roubalheira nas pensões e aposentadorias do INSS. Apesar de o presidente Lula ter nomeado um outro membro do PDT, o ex-deputado Wolney Queiroz, que também sabia da roubalheira, o partido chegou a anunciar que estará saindo da base do governo Lula, se tornando independente em seus posicionamentos no Congresso Nacional. Ou seja, nem sempre Lula irá contar com o PDT.
Assim procedendo, saindo o União Progressista Brasileiro (UPB) e o Partido Democrático Brasileiro (PDT) da base do governo, o presidente Lula perde substancial apoio político-administrativo, podendo se esvaziar ainda mais até a chegada das definições partidárias para o pleito de 2026.
Mesmo com essas baixas políticas em seu entorno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem tempo suficiente para recuperar a aprovação de seu governo, levando em consideração medidas populares prestes a serem anunciadas mesmo que representem mais gastos públicas e mais ameaças para a estabilidade econômica do país nos próximos anos.
No momento, o governo Lula está sofrendo um esvaziamento por demonstrar desgaste popular.
CONVENIÊNCIA
A maioria da Câmara Federal fez o jogo da conveniência, botou na lata do lixo o resultado do Censo de 2022 feito pelo IBGE e criou novas regras para beneficiar estados que iriam perder vagas no legislativo e, assim, perder polpudas verbas das emendas parlamentares.
CONVENIÊNCIA 2
Nesse jogo de conveniências que burla as regras então praticadas, quem saiu ganhando foi o Rio Grande do Norte, que vai crescer sua bancada para 10 deputados federais e na Assembleia Legislativa serão 30 deputados em vez dos 24 de atualmente. Quem vai pagar a conta?
PENALIZADOS
Onde tudo ocorre é nos municípios. Os municípios produzem, os municípios recolhem impostos, mas sempre são os municípios que ficam em desvantagens nas mudanças de regras, como é o caso de Câmaras Municipais que sofreram perdas de vagas após o Censo 2022.
PREJUÍZO
Enquanto a Câmara Federal aumentou o número de cadeiras para vários estados, inclusive o RN, as Câmaras Municipais aqui no estado perderam vagas. Tangará caiu de 11 para 9 vereadores; Macau, de 13 para 11 vagas; Canguaretama, também de 13 para 11 vereadores; Ipanguaçu caiu de 11 vagas para 9; e Mossoró perdeu também duas cadeiras, saindo de 23 vereadores para 21 legisladores. Quem vai reparar essas perdas?
DIREITA
Representantes de partidos políticos considerados de direita ideológica aqui no Brasil estão preocupados com a repercussão negativa que a gestão do presidente norte-americano Trump tem promovido em outros países. As decisões desvairadas de Trump pode afetar partidos de direita aqui entre nós.
EMENDAS
A falta de pagamento das emendas parlamentares, ainda do ano passado, por parte do governo Fátima Bezerra voltou a repercutir na sessão de ontem na Assembleia Legislativa. O deputado Adjuto Dias fez o comparativo da situação do RN com outros estados do Nordeste, mostrando que o governo atrasa o pagamento das emendas e não dá nenhuma justificativa.