Durante o Primeiro Seminário de Comunicação do PL, nesta quinta-feira (20), com militantes e parlamentares em Brasília, o ex- presidente Jair Bolsonaro fez sua primeira declaração após a apresentação da denúncia pela PGR (Procuradoria Geral da República) por liderar trama de golpe em 2022. ” O tempo todo [é] vamos prender o Bolsonaro. Caguei para a prisão”, declarou. Os crimes somam mais de 30 anos de prisão.
Bolsonaro diz que não há liberdade de expressão no Brasil e nega golpe. Ele disse que foi “golpe da Disney”, em referência ao fato de ele estar em Orlando (Estaods Unidos) durante os ataques golpistas de 8 de janeiro.
Como mostrou a Folha, o ex-presidente vai insistir no discurso de sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2026 e na pressão de movimentos de rua e de aliados internacionais após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob a acusação de liderar uma trama golpista.
A estratégia visa manter seu capital político enquanto ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se articulam para julgá-lo ainda neste ano, de forma a evitar uma possível contaminação nas próximas eleições presidenciais.
O ministro Alexandre de Moraes decidiu nesta quarta-feira (19) pela derrubada do sigilo dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid na delação premiada com a Polícia Federal, expondo detalhes das acusações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O ex-presidente foi acusado na terça (18), junto com outras 33 pessoas, pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de participação em organização criminosa.
O objetivo de Bolsonaro é levar a candidatura até o último momento, considerando que passar o bastão para outro nome precocemente poderia enfraquecê-lo nas decisões do campo da direita e diminuir suas chances de reverter potencial prisão e inelegibilidade, em vigor até 2030.
Com informações da Folha de SP