MEDO DE SER HUMILHADO, LULA?
Em um cenário de crescente protecionismo global, o relacionamento comercial entre Brasil e Estados Unidos atingiu um ponto de alta tensão. A imposição de um “tarifaço” pelo presidente Donald Trump, visando produtos alimentícios, siderúrgicos e de alumínio, desencadeou um embate que coloca em xeque a diplomacia brasileira e a estabilidade de setores-chave da economia nacional.
A reação de Brasília tem sido cautelosa, mas não sem controvérsia. Em meio à escalada de hostilidades comerciais, a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu observadores políticos. Segundo relatos, Lula teria demonstrado receio em ligar diretamente para Trump, alegando o temor de ser “humilhado” durante as negociações. A declaração, contrasta com a imagem de um hábil negociador que o presidente construiu ao longo de sua trajetória política, desde os tempos de líder sindical até os primeiros mandatos na presidência. A habilidade em dialogar com diferentes espectros e fechar acordos complexos sempre foi uma marca registrada de Lula.
Essa aparente hesitação, no entanto, tem um custo real para o Brasil. Enquanto a guerra comercial se intensifica, o setor do agronegócio, e outras indústrias brasileiras, como a siderurgia, enfrentam um futuro incerto. O tarifário imposto por Trump não afeta apenas o comércio de produtos diretamente taxados, mas cria um efeito cascata que pode desestabilizar cadeias de produção inteiras. A falta de ações concretas e de uma estratégia de negociação robusta por parte do governo brasileiro tem sido apontada como uma das maiores preocupações de empresários e analistas econômicos.
O Brasil tem perdido grandes oportunidades de negociar um acordo favorável que pudesse mitigar os impactos das tarifas. Enquanto outros países, como a China, buscam alternativas e intensificam seus próprios canais de negociação, a postura brasileira parece ser de espera, na esperança de que a situação se resolva por si só. No entanto, o tempo é um recurso escasso nessas disputas. A inércia pode levar a perdas financeiras significativas, dificultando a competitividade das exportações brasileiras e, em última instância, comprometendo o crescimento econômico e o emprego no país.
A acomodação em abdicar do mercado norte-americano sob o argumento de que o Brasil vai abrir novos mercados não passa apenas de uma tentativa de justificativa para não se envolver com negociações junto ao governo dos EUA, pois essa abertura de novos negócios, segundo abordagem da Confederação Nacional da Indústria – CNI, já estava em curso, e que agora, perdendo o excelente mercado do Tio Sam, passaremos apenas a trocar 6 por ½ dúzia.
O momento exige liderança, diplomacia firme e, acima de tudo, a superação de receios pessoais em prol dos interesses nacionais. O Brasil não pode se dar ao luxo de se isolar em um mundo cada vez mais interconectado e competitivo.
NOMINATAS
Enquanto as conversações sobre a formação das chapas para o governo do estado e para o Senado Federal seguem sem qualquer alteração, os partidos políticos estão “quebrando cabeça” na formação de nominatas que irão possibilitar eleger maior número de deputados federais e estaduais.
ESTRATÉGIA
O fato de o Partido dos Trabalhadores (PT) ter escolhido com tanta antecipação o nome de Cadu Xavier com o candidato ao governo, sem ao menos dar chance para que um outro nome, mesmo de partidos aliados, se fortalecesse para a disputa, tem uma justificativa: para o PT, a predominância é eleger dois senadores e maior número de deputados federais.
DATACENTER
A discussão agora é saber se é positivo para o Rio Grande do Norte querer abrigar um maior número de datacenters, como forma de utilizar a energia eólica produzida em abundância no território potiguar.
DATACENTER 2
A argumentação de ambientalistas de plantão é que dependendo da grandeza do datacerter, é possível consumir não só energia, mas também água em abundância. Para o engenheiro Roberto Mendes, especialista em eficiência hídrica, “Um datacenter típico pode consumir entre 3 a 5 milhões de litros de água por dia, o equivalente ao consumo diário de uma cidade de 30 mil habitantes”.
FEDERAL
Tão logo perdeu a eleição para prefeito de Natal, ainda no primeiro turno, o ex-prefeito Carlos Eduardo Nunes Alves (PSD) dizia disposto a disputar uma das 24 cadeiras na Assembleia Legislativa, com o objetivo de ficar mais próximo da família. Agora, o ex-prefeito de Natal não tem pedido segredo a ninguém sobre a sua decisão de tentar ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.
FEDERAL 2
Quem também está pretendendo voltar a utilizar os holofotes da Capital Federal é o ex-deputado Rafael Motta, que em breve irá anunciar o partido ao qual irá se filiar para encarar a disputa nas eleições de 2026. Por enquanto, só conversações.