VIROU TRADIÇÃO
Minha Letícia é um bebê da virada. Nasceu nas primeiras horas da madrugada de 1º de janeiro de 2016. Brinco que, a cada ano, o mundo inteiro faz festa para ela. Fato é que a data festiva é nada propícia para comemorações infantis. Sendo assim, já virou tradição: o “bolinho” de Lelê é sempre no primeiro sábado de janeiro.
PRIMEIRO ANINHO
Quando Letícia nasceu, eu estava bem distante do jornalismo e totalmente mergulhada numa cozinha com serviço de marmitaria e encomendas de quitutes variados. Uma rotina insana e, mesmo sendo especialistas, tivemos que terceirizar alguns serviços. O buffet ficou por conta da maravilhosa Larhissa Gurgel (@buffetlarhissagurgel), os docinhos também foram encomendados e fiquei com a responsabilidade do bolo e da decoração.
OS DOCINHOS
Como não tinha entrega no feriado de reis, agendei a encomenda para a véspera. Pouco antes da hora marcada (15h), a renomada confeiteira da capital pediu que eu fosse às 17h. Chegando ao ateliê, senti o cheiro do brigadeiro ainda na panela e a dita cuja em desespero. Me solidarizei e disse que se acalmasse que poderia concluir e me entregar na manhã seguinte.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
Acontece que a mulher inventou de correr com o serviço e antes das 21h estava na minha casa com 400 brigadeiros porque queria estar livre na manhã seguinte. Resultado: massa de doce precisa de tempo para estabilizar. Enrolar um brigadeiro quente é pedir para vê-lo se desmanchar. Nesse caso, ficaram deformados de um jeito que não cabiam nas caixetas. Uma dor de cabeça grande em cima da hora do evento!
A LIÇÃO
Durante os anos que atuei como professora de confeitaria, sempre compartilhei essa história com as turmas. Primeiro para falar sobre a responsabilidade de quem trabalha com sonhos: se a festa fosse no dia agendado para a entrega, eu teria ficado sem doces! Além disso, é preciso ter compromisso com a qualidade do produto e isso é resultado de planejamento. Não preciso dizer que, de lá para cá, a gente se vira para dar conta dos doces, neah?
O BOLO
Desde o primeiro aniversário, fiz quase todos os bolos de Letícia. A receita, aprendi com minha mãe aos 7 anos: básica, ingredientes simples e múltiplas possibilidades; a massa é úmida e se desmancha na boca. É possível saborizar com essências, usar raspas de laranja (limão, tangerina…), ou ainda acrescentar chocolate/cacau em pó. No perfil @vamucume tem passo a passo salvo nos destaques, com três variações de aplicação.
CHANTININHO
Para mim, o maior desafio desse tipo de cobertura são as altas temperaturas. Mas, hoje em dia, o mercado tem boas opções de produtos pré-prontos que trazem mais estabilidade. Assim que chego em casa, já guardo na geladeira para garantir que estará bem gelado quando eu quiser usar. Além de seguir as instruções da embalagem, também coloco o leite condensado para gelar e deixo as peças da batedeira (bowl e batedor) no congelador por uns 15 minutos antes de iniciar a receita.
CHANTININHO II
Com tudo bem gelado, não tem mistério. Para cada 500 ml do chantilly, acrescente 8 colheres de sopa de leite em pó e 150 ml de leite condensado. É só bater até ficar firme e está pronto para ser aplicado em recheios, coberturas, sobremesas… sua imaginação é quem manda!
PARA OS 8 ANOS
Sempre muito participativa, Lelê já escolheu todos os detalhes das comidas à decoração. Bolo de baunilha com recheio de brigadeiro e cobertura de chantininho. Docinhos: brigadeiro, ninho e bicho de pé. A novidade que ela está amando são os pirulitos de leite ninho. A receita está no instagram (@vamucume) e eu não vejo a hora de cantar parabéns e provar as delícias!