Por Alessandra Bernardo
Se depender da vontade do Partido Liberal (PL) e do presidente Jair Bolsonaro, o próximo presidente do Senado Federal será o senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho. O nome do ex-ministro do Desenvolvimento Regional e aliado do futuro ex-presidente foi apresentado e discutido durante jantar nesta terça-feira (29), que reuniu parlamentares e o mandatário do PL nacional, Valdemar Costa Neto, conforme o líder da sigla na Casa, Carlos Portinho (RJ).
Procurado pela reportagem do Diário do RN, o senador eleito não se manifestou sobre a indicação, nem confirmando, nem desmentindo o fato. Mas, a contar pela reação da senadora Zenaide Maia (Pros) sobre possível candidatura, Rogério não encontraria obstáculos para isso. “É prerrogativa do senador se candidatar à presidência da Casa, então, encaro com naturalidade essa possibilidade”, afirmou.
A candidatura de Rogério atenderia a um pedido pessoal de Bolsonaro, que trabalha para construir consenso em torno do nome do senador eleito para a presidência do Senado, que tem a prerrogativa de, entre outras coisas, votar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), foco de constantes ataques antidemocráticos por parte do presidente da República. Conforme o artigo 52, inciso II da Constituição Federal, é competência privativa do Senado processar e julgar os membros do Supremo.
A partir do próximo ano, o PL se tornará o partido com a maior representação no Congresso Nacional, tendo 14 senadores eleitos e 99 deputados federais. Conforme o líder do PL no Senado, há uma preferência “natural” pelo nome do senador eleito por sua disponibilidade de tempo para se organizar e preparar uma pauta de assuntos para trabalhar em sua candidatura, já que só assumirá o cargo em 1º de fevereiro próximo.
Um dos nomes levantados para a presidência do Senado foi a ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina (PP-MS), também eleita para o Senado em outubro, mas foi logo rechaçado por não ser integrante do partido de Bolsonaro. Conforme a CNN Brasil, o PL quer, também, evitar a possibilidade do PP ficar com a presidência das duas Casas legislativas, uma vez que o Partido Progressistas pretende disputar o comando da Câmara dos Deputados.