Segundo informação constada no Relatório de Informações Penitenciárias (Relipen), divulgado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), o Rio Grande do Norte tem o menor número absoluto de presos trabalhando entre todos os estados do país. O documento que traz dados informados pelos próprios estados informam que são 429 detentos em atividade laboral, numa sociedade com 7.420 pessoas privadas de liberdade.
O estado ocupa a última posição do país em números de presos com acesso ao trabalho. Em comparação, a Paraíba registrou 2.720 presos trabalhando; o Ceará, 11.769; e o Maranhão, 4.191.
Em resposta à baixa taxa de presos com acesso ao trabalho, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) informou que o estado tem atuado para ampliar o número de presos trabalhando. Entre as ações, está a criação da Comissão Técnica de Classificação (CTC), que avalia o perfil dos internos e permite direcionamento a atividades laborais.
Com base na triagem, o relatório informou que mais de 450 presos estão atualmente em trabalho e 1.325 em qualificação profissional, com parcerias com o Senai e o Ministério Público do Trabalho.
Entre os obstáculos enfrentados, a Seap também destacou a baixa escolaridade da população carcerária, estigma social e limitações de infraestrutura nas unidades prisionais.
*Com informações do G1