DESCARTE
A entrevista do chefe da Casa Civil do governo Fátima, Raimundo Alves, praticamente descartou aliança com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, para o pleito de 2026. Será que descartou mesmo?
INCOERÊNCIA
Raimundo foi incoerente ao dizer que não vislumbra aliança com Allyson hoje pelo fato do prefeito ser oposição ao governo Fátima. Foi o próprio Raimundo que buscou Carlos Eduardo no colo da oposição para ser o candidato a senador de Fátima.
FUTURO
Portanto, aparentemente, a estratégia do governo é forçar uma decisão de Allyson para provocar um desenho mais claro da sucessão. De que lado estará o prefeito mossoroense?
POSIÇÃO
Os dois grupos já bateram e alisaram Allyson. Rogério combateu a vaidade e o distanciamento do prefeito com silêncio. Fátima combateu a autossuficiência do gestor oestano com provocação sobre inexistência de terceira via.
DEFINIÇÃO
O fato é que o prefeito assiste a tudo em silêncio. Ainda não disse se pretende ser candidato ou se vai concluir o mandato. Se vai se aliar a Rogério ou a Fátima. A única certeza que Allyson tem é que vai apoiar a reeleição de Zenaide. E ninguém sabe se essa certeza vai perdurar até o próximo ano.
UNIÃO
Ex-senador José Agripino deu a senha que precisava para que a oposição supere as vaidades e permaneça unida para 2026. O marido de Anita disse ao Agora RN que o filho de Valério tem base, mandato e voz nacional.
SUPERAÇÃO
O fato é que todo mundo sabe que Agripino detesta Rogério. Porém, em nome da união oposicionista, engole as diferenças e sinaliza positivamente para o bolsonarista.
INTERESSE
O fato é que há duas situações em jogo nos dois grupos políticos do RN: Rogério Marinho faz qualquer negócio para derrotar o PT; Fátima faz qualquer negócio para ser senadora. Seguindo essa premissa de prioridade dos dois grupos, tudo é possível na sucessão 2026.
TÍTULO
A discussão sobre a concessão do título de cidadão natalense ao ex-presidente Jair Bolsonaro, inevitavelmente, descambou para a polarização e provocou intenso debate na Câmara.
SIMBOLISMO
A concessão de título é apenas um simbolismo e costuma não ser alvo de polêmicas. Salvo quando o homenageado é a própria polêmica, como é o caso de Bolsonaro.
HOMENAGEM
Se levarmos em consideração o histórico de títulos concedidos em Natal, não há porque o ex-presidente também não ser agraciado com tal comenda. O mérito do que ele é, o que fez ou representa, não costuma ser critério para a concessão do título.
VÍTIMA
O clima esquentou porque a vereadora Thabatta Pimenta viu sua mãe morrer na pandemia e atribui ao comportamento insensível de Bolsonaro. Eliabe dizer que o choro é livre, só remete ao ex-presidente rindo, fazendo motociatas, imitando vítimas sem ar e dizendo que não era coveiro. Empatia zero.
DESOMENAGEM
A Câmara de Natal pode até homenagear Bolsonaro com o título de cidadão, em função do que falamos anteriormente. Porém, se o ex-presidente for condenado por tentativa de golpe de estado, a homenagem deverá ser desfeita.