MENTIRA
Um dos pilares de sustentação da imagem do senador Styvenson Valentim era o fato de dizer que não mentia. Isso o diferenciava dos demais políticos. Afinal, para grande parte da classe política, a mentira é oxigênio.
A CASA CAIU
Pois bem, Styvenson também mente. Mente fortemente. Mente usando dinheiro público. Mente usando uma instituição séria como a Liga. Mente para se promover. Está provado. Styvenson mente, assim como seus colegas.
HOSPITAL
A mentira de Styvenson demorou muito a ser desmascarada. Porque, no caso dele, tem as pernas mais longas. Mas foi. Ele bradava aos quatro cantos, com sua peculiar arrogância, que estava construindo hospitais no RN.
CONSTRUÇÃO
Styvenson dizia que estava construindo dois hospitais no RN, um em Natal e outro em Currais Novos, ambos vinculados à Liga contra o Câncer. Nos vídeos, ele enfatizava que era ele que estava construindo. Nunca citou a Liga como órgão responsável pela construção.
CUSTEIO
Na realidade, Styvenson mentiu deliberadamente sobre a construção dos hospitais. Ele sabia o tempo todo que o dinheiro de suas emendas não era para construção de nenhum hospital. Era para custeio. Ele sempre soube disso. Mas insistia com a mentira da construção, que lhe dava discurso positivo.
DESMASCARADO
A máscara da mentira caiu quando a própria Liga teve que dizer que o dinheiro enviado por Styvenson por emendas para a instituição, era para o custeio e não para construção.
POSITIVO
Mandar dinheiro para custeio de uma instituição como a Liga é motivo de aplauso. E Styvenson fez isso. Deveria ser aplaudido por isso. Mas resolveu mentir.
MOTIVO
Um ponto fundamental do motivo da mentira de Styvenson é porque ele não poderia mandar dinheiro para construir hospital pela Liga, pois a instituição é privada. Ela pode receber recursos para seu funcionamento, não para construção de unidades.
VAIDADE
Mandar dinheiro para o custeio da Liga, ser o responsável pelo salvamento de centenas de pessoas atendidas fruto daqueles recursos, era insuficiente para a vaidade de Styvenson. Ele não estava preocupado com o funcionamento ou com as cirurgias feitas pela Liga.
ARROGÂNCIA
Na realidade, Styvenson queria um hospital para chamar de seu, que teria sido construído por seu mandato. Ele chegou a pagar uma foto gigante sua na frente do que seria a construção de um hospital que ‘ele’ estava construindo. Tudo mentira. Não construiu nada. As emendas que ele mandou foram todas para custear o funcionamento do que já existe.
SEPULTAMENTO
Após a ‘descoberta’ de sua farsa, são sepultados dois pilares que ajudaram Styvenson a se popularizar: Construção de hospitais e não mentir. Ele nunca construiu hospitais e mentiu sobre isso.
CENSURA
Feio, muito feio; horrível o que o empresário Flávio Azevedo fez publicamente com o jornalista Heitor Gregório. Não só censurou publicamente o profissional, como o expulsou da Tribuna do Norte. Gregório, gentleman que é, saiu muito maior que entrou.
GESTO
Enquanto Flávio Azevedo teve um gesto mesquinho, o ex-deputado Henrique Alves teve um gesto nobre, gigante, altivo. Renunciou ao cargo de presidente da Tribuna para combater, com seu gesto, um gesto de censura.