FENÔMENO
A situação de favoritismo do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, é algo fora da curva. Numa cidade que respira política permanentemente e que o acirramento era até alimentado para provocar a sobrevivência dos grupos tradicionais, o percentual do prefeito é histórico.
HISTÓRIA
Na realidade, caso não haja uma hecatombe, a vitória da reeleição de Allyson será histórica também pela vantagem que terá diante dos adversários. Afinal, as eleições em Mossoró costumavam ser bem disputadas. Não parece ser o caso do pleito de outubro.
NÚMEROS
Allyson está com quase 90% dos votos válidos e seus adversários não chegam aos dois dígitos. A se confirmar nas urnas os percentuais da pesquisa DataVero/Diário do RN, será uma das maiores vitórias da história de Mossoró.
INFLUÊNCIA
A pesquisa DataVero revela que em Mossoró a eleição não sofre influência estadual ou nacional. O pleito é puramente municipal. Quem aprova Lula, vota em Allyson; quem desaprova Lula, também vota em Allyson; quem aprova Fátima, vota em Allyson; quem desaprova Fátima, também vota em Allyson.
MOTIVO
Estudiosos, curiosos e pitaqueiros da política arriscam dizer que o sucesso do prefeito de Mossoró é fruto do estilo pessoal e diferente de fazer gestão sem intermediário. Ir direto ao povo cria um vínculo pessoal que é difícil ser perdido.
MOTIVO II
Outro ponto abordado diz respeito ao fato de que o prefeito Allyson Bezerra não se preocupou com adversários, não fez campanha para sepultar o passado dos Rosados. Pelo contrário, chegou a homenagear alguns integrantes da tradicional família.
CUIDADO
A situação de Allyson é tão confortável, tão cômoda, tão tranquila do ponto de vista eleitoral, que alguns aliados alertam o prefeito para ter cuidado. Afinal, Allyson só perde para ele mesmo. Se fizer alguma besteira muito grande e com impacto negativo irreversível, o quadro pode mudar. Do contrário, é só administrar a vitória.
DEBATE
Perfeito o formato do debate com os candidatos a prefeito de Natal, realizado pela 98 FM. Tempo disponível, cenário favorável, condução de Felinto Filho discreta e firme.
AUSÊNCIA
A ausência de Carlos Eduardo no debate foi negativa para sua imagem. Mas é um direito do candidato escolher o que é melhor para sua candidatura. Ir ao debate pode ser desgastante; não ir também é. A escolha é sobre qual situação ele perde mais.
COVARDE
A manchete deste Diário chamou a atenção pela pancada da palavra covarde. Chamou ainda mais atenção porque quem chamou Carlos Eduardo de covarde foi a deputada Natália Bonavides. Foi forte.
AUSÊNCIA
Carlos Eduardo também foi chamado de fujão por não participar do debate. O mesmo apelido será dado hoje à candidata Nilda Cruz, que vai fugir do debate da 98 FM, que será realizado às 20h, com os candidatos a prefeito de Parnamirim.