O procurador-geral da República, Paulo Gonet, voltou a defender a manutenção da prisão preventiva do ex-candidato a vice-presidente e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), general Walter Souza Braga Netto.
A defesa do militar apresentou uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a revogação da prisão e propondo a aplicação de medidas cautelares como alternativas.
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Ao se manifestar contrariamente ao pedido, o PGR argumentou que há fortes indícios da participação de Braga Netto na tentativa de golpe de Estado, além de outros crimes graves. Segundo o procurador, a prisão preventiva é necessária para resguardar a ordem pública, garantir a aplicação da lei penal e evitar possíveis interferências no andamento das investigações.
“Walter Souza Braga Netto atuou para interferir nas investigações em curso, especialmente por meio de ações direcionadas à obtenção de dados sigilosos fornecidos pelo colaborador Mauro César Barbosa Cid à Polícia Federal”, afirmou o procurador-geral.
Gonet também destacou que o general incitou membros das Forças Armadas em uma tentativa de ruptura institucional. Para ele,
“a gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os riscos de reiteração criminosa e de obstrução à instrução processual são elementos suficientes para evidenciar a atualidade dos fatos e justificar a manutenção da custódia cautelar.”
Prisão
Braga Netto cumpre prisão, desde dezembro do ano passado, na sala do Estado-Maior do Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
*Com informações do Metrópoles