A bacia hidrográfica do rio Pitimbu que abastece cerca de 30% do município de Natal, está sendo visitada por Pesquisadores da UFRN que integram o INCT Klimapolis, instituto que trabalha para minimizar os efeitos das mudanças climáticas em áreas urbanas brasileiras, com foco em São Paulo e Natal. “ Os contextos das cidades são diferentes, mas o problema de abastecimento e qualidade da água ocorre em todo o país e está cada vez mais crítico. Precisamos mensurar o descompasso entre oferta e demanda para mitigar os impactos e contribuir com as sustentabilidade deste sistema hídrico” Ressaltou o professor Venerando Amaro, coordenador da sub rede agua e solo do INCT Klimapolis.
O Instituto, é um dos projetos prioritários do CNPQ financiado pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Neste trabalho de campo, que começou em Natal e foi até a nascente do rio Pitimbu, na comunidade Lamarão em Macaíba, a meta é fazer o reconhecimento, identificar os principais impactos das alterações climáticas na qualidade e quantidade da água distribuída para a população natalense. “ Vamos traçar um diagnóstico e entender o que a intensa urbanização provocou nos recursos hídricos da bacia do Pitimbu, para poder dar suporte a uma melhor gestão do território, já que a pressão das mudanças climáticas também estão gerando grande impacto,” esclareceu o Professor do departamento de Ciências Climáticas da UFRN Jonathan Mota, integrante do grupo responsável pelos estudos de hidrologia do Instituto.
A atividade de campo que ocorreu durante esta quarta-feira, já tem retorno previsto para o próximo dia 20 de dezembro e é baseada no projeto de pós doutorado da pesquisadora Karine Deusdara, que tem o objetivo de quantificar a importância da infraestrutura verde nas mudanças ocorridas na bacia do Pitimbu. “Esta bacia é essencial para o abastecimento público de Natal e uma das vertentes deste trabalho, é a ciência cidadã. Por meio da democratização do conhecimento pretendemos gerar o senso de pertencimento da população que utiliza a água dessa bacia,” esclareceu a pesquisadora.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pitimbu- CBH, formado por empresários, representantes da sociedade civil e de instituições públicas, acompanhou todo o trajeto percorrido pelos pesquisadores. “ O CBH Pitimbu festeja a parceria com a UFRN através do Klimapolis, tendo em vista que a partir do monitoramento do rio Pitimbu será gerado um precioso banco de dados que possibilitará a efetiva gestão da nossa bacia,” concluiu.