A passarela entre o Natal Shopping e o Via Direta, na Zona Sul de Natal, é usada por milhares de pessoas todos os dias. Porém, sua construção apresenta vários problemas estruturais, ferragens expostas, partes de concretos desgastadas e grades de arames cortadas. À distância, aparenta estar em boas condições. Mas, de perto, os problemas são nítidos e preocupantes. Em um dos pilares de sustentação, o revestimento externo do concreto começou a ceder, deixando à mostra barras de ferro enferrujadas, buracos na rampa de acesso e barras enferrujadas.
“A estrutura de proteção está numa situação precária. Tenho tanto medo de cair, quando o vento bate forte, tenho medo de algum revestimento do concreto ceder e atingir alguém lá embaixo”, disse o estudante Henrique Neves, para quem a falta de segurança pode proporcionar vários tipos de acidentes aos pedestres.
Durante a subida, a insegurança continua. Rachaduras são perceptíveis próximas as grades de proteção, que estão enferrujadas e quebradas em alguns trechos. O piso está desgastado e começa a mostrar as pedras de brita usadas na construção do local.
A estudante Maely Esthefany teme a fragilidade das grades de proteção e relata que, quando o fluxo de pessoas em cima da passarela aumenta, fica difícil escapar das extremidades. “Muitas vezes, mesmo quando eu estou com pressa para passar, espero que as outras passem. Assim eu consigo andar pelo meio, porque eu realmente não gosto de passar pelas pontas”, .
A dona de casa Ana Paula Silva relata ter medo ao atravessar a passarela com o seu filho, de cinco anos. Para ela, o estado deteriorado das grades não oferece segurança as pessoas que precisam usar o local. “Eu não sinto segurança ao atravessar aqui, e por isso eu nem gosto. Se houvesse maneira de atravessar de um lado para o outro com o meu filho, eu faria. Mas não tem outro jeito”.
O comerciante Lindomar de Azevedo defende que a situação causa apreensão em todos os seus usuários e também para aqueles que estão ao redor dela. Ele disse que uma parte do revestimento da passarela caiu próximo a ele na quarta (19). “A sorte é que não tinha ninguém embaixo. Analisando a situação, não há ninguém que se sinta seguro. Sempre dá aquele medo, aquele receio”.
A reportagem do Diário do RN procurou a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que informou que uma equipe técnica esteve no local verificando a situação e há pontos isolados da estrutura metálica que precisam de intervenção, cujos serviços estão programados para serem iniciados no mês de novembro. Ainda segundo o DNIT, a estrutura não apresenta risco.