Neste 15 de julho, em que celebro mais um ano de vida, sinto o desejo de partilhar uma reflexão sobre o que realmente significa ser homem em um tempo marcado por aparências, pressões sociais e expectativas muitas vezes vazias de essência. Coincidentemente — ou talvez por providência — também se comemora hoje o Dia do Homem. Essa convergência de datas me inspira a escrever não sobre status ou posses, mas sobre os fundamentos que, de fato, definem a dignidade humana e a maturidade pessoal.
Há uma frase atribuída a Charles Chaplin que nos oferece um guia precioso:
“Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui. O verdadeiro valor do homem está em seu caráter, em suas ideias e na nobreza dos seus ideais.”
Com o passar dos anos, aprendi que a grandeza de um homem não está naquilo que ele ostenta, mas naquilo que ele é — sobretudo quando ninguém está observando. O tempo, com sua sabedoria silenciosa, ensina a desapegar do supérfluo, a acalmar o ego e a cultivar a coerência entre palavras e atitudes. Chegar a mais um aniversário é um presente valioso, mas também uma convocação à responsabilidade de seguir evoluindo, buscando ser mais ético, mais justo, mais empático e mais comprometido com os valores que constroem pontes e não muros.
Vivemos em uma sociedade que, com frequência, tenta moldar a masculinidade a partir de critérios externos: aparência, poder, prestígio. No entanto, a verdadeira força do homem se manifesta em sua capacidade de ouvir, acolher, dialogar e manter-se íntegro diante dos desafios.
Ser homem, em seu sentido mais pleno, é agir com respeito, assumir responsabilidades e praticar a empatia — independentemente da posição social, da orientação sexual, das crenças ou da origem.
O valor de um homem está na forma como ele se relaciona com o mundo e com as pessoas: na maneira como trata os pequenos, como responde às críticas, como lida com as próprias fragilidades e como se posiciona diante da injustiça. Ser homem é, antes de tudo, ser humano — e isso exige coragem, consciência e humildade.
Neste dia tão simbólico, reafirmo meu compromisso com os princípios que nortearam minha trajetória: o amor à família, o respeito ao próximo, a fé em Deus, o zelo pela justiça e a disposição de defender o que considero correto, sempre com abertura ao diálogo e ao aprendizado constante. Em um mundo que frequentemente valoriza o ter mais do que o ser, reafirmo minha escolha por um caminho mais profundo, que priorize a integridade sobre a aparência.
A todos os homens que hoje também celebram a vida, deixo uma mensagem de reconhecimento e encorajamento: que sejamos lembrados não pela aparência exterior, mas pela dignidade com que conduzimos nossos passos. Que nossas ideias sejam sementes de esperança e que nossos valores sirvam como bússola para uma vida com mais sentido e propósito.
Neste aniversário, recebo com gratidão o dom da vida e renovo o compromisso de seguir sendo, acima de tudo, um homem de princípios. Porque, como bem disse Chaplin, o verdadeiro valor de um homem reside em seu caráter, em suas ideias e na nobreza de seus ideais.