O número de baleias-piloto que morreram após encalharem nas praias de Rio do Fogo, no Litoral Norte do Rio Grande do Norte, subiu para quatro. O incidente, que envolveu um grupo de 21 animais, ocorreu no início da manhã de sexta-feira (31), conforme confirmado pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).
A primeira morte foi registrada na tarde de sexta-feira (31), quando uma fêmea de aproximadamente 4 metros de comprimento foi encontrada na praia de Zumbi. Os biólogos não identificaram marcas de interação com humanos no animal. As outras baleias-piloto estavam na praia de Pititinga.
Na madrugada de sábado (1º), biólogos e veterinários identificaram mais duas baleias-piloto mortas, e um quarto óbito foi confirmado na manhã do mesmo dia.
Os pesquisadores realizaram coletas biológicas, incluindo amostras das cabeças dos animais mortos, para análise do aparato auditivo, responsável pelo equilíbrio e orientação desses mamíferos marinhos.
Flávio Lima, coordenador do projeto Cetáceos da Costa Branca, explicou as dificuldades enfrentadas pelas equipes para resgatar os animais encalhados na parte rasa da praia. “É raso para os animais, mas não para o humano. O protocolo diz que a área segura para o humano é com a água até a cintura e a parte onde a maioria delas está nem dá pé. Nós estamos com essa dificuldade”, afirmou.
Uma equipe composta por cerca de 15 pessoas do Projeto Cetáceos e do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (Cemam) está no local monitorando e atendendo os animais. Uma força-tarefa também será montada para enterrar as baleias-piloto que morreram.
Apesar de serem conhecidos como baleias-piloto, esses animais são, na verdade, uma espécie de golfinho de grande porte, semelhantes às orcas. Segundo o professor Lima, o encalhe em grupo pode ocorrer devido à desorientação de um ou mais líderes, possivelmente causada por doenças. Embora comuns em águas profundas, essas baleias-piloto raramente são vistas perto das praias do Rio Grande do Norte.
Com informações do G1