O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) divulgou na manhã desta segunda-feira, 18, as primeiras medidas para diminuir os preços das passagens aéreas. O anúncio, feito em conjunto com representantes das companhias aéreas, teve como foco a promessa de um maior volume de promoções. Apesar disso, o governo federal reconheceu que há desafios para alcançar os resultados esperados. “Precisamos reconhecer os impactos sofridos pelas companhias. Mas confio que teremos reflexo na ponta”, disse o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), ao ser questionado sobre os preços ainda elevados propostos pelas empresas no pacote de promoções. A medida foi divulgada com a presença dos CEOs e CFOs da Azul, Gol e Latam.
Antes do anúncio, Costa Filho ressaltou que o setor aéreo foi um dos mais afetados pela pandemia de Covid-19. “O aumento do preço das passagens foi observado em todo o mundo, variando de 10% a 15%. Naturalmente, isso tem um efeito negativo no Brasil. Mas, desde que assumimos, temos buscado alternativas para reduzir os preços. Nosso trabalho é de sensibilização. As companhias aéreas têm livre comércio e não podemos intervir”, declarou o ministro.
Apesar das expectativas, não foram anunciadas ações concretas por parte do governo em relação ao querosene de aviação (QAV) e ao volume de processos judiciais reclamados pelas companhias. “O QAV já teve uma redução de 19% neste ano. Vamos continuar sensibilizando a Petrobras em 2024”, disse Costa Filho. De acordo com o ministro, um grupo de trabalho continuará buscando alternativas. “Essa é a primeira etapa do programa. Esperamos ter agendas como essa em 2024 e vamos mostrar unidade, esforço coletivo para avançar. Os resultados não serão imediatos”, afirmou Costa Filho, estimando que serão necessários de 12 a 24 meses.
As medidas concretas foram anunciadas individualmente pelos representantes das companhias aéreas. O CEO da Azul, John Rodgerson, anunciou a oferta de 10 milhões de assentos por até R$ 799 no próximo ano. Para ter acesso a essas passagens, será necessário comprá-las com pelo menos 14 dias de antecedência. “Decidimos fazer isso pela oportunidade que temos de crescer no país”, disse Rodgerson.
Fonte: Jovem Pan News