O gasto do Governo do Rio Grande do Norte com folha suplementar de professores quase triplicou em abril deste ano, em relação a março, segundo denúncia é do Sindicato dos Servidores da Administração Direta do Estado (Sinsp). A instituição aponta que a despesa passou de R$ 1,3 milhão para R$ 3,8 milhões de um mês para o outro.
A presidente do Sinsp, Janeayre Souto, denunciou nesta terça-feira (29), que o problema decorre do fato de que a maior parte dos professores do Estado não está em sala de aula.
O Sinsp alega que, pelo plano de carreira do magistério do Estado, somente professores em sala de aula podem receber hora suplementar. Porém, segundo a sindicalista, de 15 mil professores efetivos, apenas 5 mil estão em sala de aula. Os demais estariam em desvio de função, exercendo atividades administrativas.
Como esses profissionais vão para funções administrativas, há a necessidade de eles trabalharem acima da carga horária da sala de aula, elevando a folha de pessoal, disse Janeayre.
O sindicato denuncia que também houve aumento de aproximadamente 22% no valor das horas extras pagas para os professores da rede estadual.
“Nós denunciamos isso porque nós exigimos concurso público [para funções administrativas]. É um absurdo ser recepcionada no Setor de Recursos Humanos da Educação por um professor que está ganhando 11, 12 mil reais. No gabinete da secretária, são 18 professores. Tem professor que nunca foi à sala de aula, está sempre no gabinete. Isso é um absurdo”, afirmou sindicalista.
“Lugar de professor é em sala de aula. Lugar de servidor é assumindo sua função como administrativo”, acrescentou.
*Com informações da 98 FM Natal