Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado federal, faleceu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos. O ex-parlamentar estava internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 5 de agosto, em São Paulo, por conta de complicações em seu quadro de saúde.
O ex-ministro deixou uma filha e um neto. Sobre os ritos de despedida, não haverá velório aberto e o enterro será restrito aos familiares.
Biografia
Delfim Netto foi o mais jovem ministro da Fazenda a ocupar o cargo. Ele tinha 38 anos quando assumiu a pasta, em 1967, e comandou a economia nos governos militares de Costa e Silva e Médici. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo da época, para suspender direitos e garantias individuais.
O ex-ministro também ficou conhecido por incentivar o investimento estrangeiro no Brasil e as exportações do país. É dessa época uma de suas frases mais emblemáticas: “É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo”.
Ele ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974, e em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo.
Após isso, Delfim foi deputado federal de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social (PDS). Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007.