NOVA PRAIA DE PONTA NEGRA: IMPULSO AO TURISMO E À ECONOMIA DO RN
O aterro hidráulico ou engorda da Praia de Ponta Negra, concluída pela Prefeitura de Natal no último sábado (25), marca um divisor de águas para a orla potiguar. A obra, que ao final custou R$ 98 milhões, alargou a faixa de areia por 4,6 quilômetros, da Via Costeira ao Morro do Careca, devolvendo à região sua vitalidade turística e econômica.
O prefeito Paulinho Freire destacou a relevância do projeto: “Protegemos o Morro do Careca, ampliamos o espaço de lazer e fortalecemos nossa economia.” Segundo a Fecomércio, a arrecadação de ICMS na região, hoje em R$ 400 milhões, deve crescer 30%, atingindo R$ 520 milhões em um ano.
DESAFIOS
Mais do que um avanço estrutural, a nova orla trouxe benefícios, mas também traz novos desafios para garantir sua sustentabilidade. A manutenção da faixa de areia e o uso sustentável da área são essenciais para o impacto positivo no turismo e no comércio A nova praia de Ponta Negra é um marco, mas requer planejamento e investimentos para que seus benefícios sejam sustentáveis e duradouros para Natal.
Entre os desafios, destaca-se a necessidade de reforço no quadro de salvação, essencial para a segurança dos banhistas em uma área mais ampla. Além disso, fragmentos de formação calcárea, espalhados na nova faixa de areia, representam riscos de cortes e acidentes, exigindo ações rápidas para mitigação.
A limpeza e manutenção dessa extensa área também representam uma novidade para a equipe de Paulinho, que agora precisa adaptar sua estrutura operacional.
Com o aumento do fluxo de freqüentadores e turistas será fundamental investir em estrutura como banheiros públicos, chuveiros, acessos estruturados a faixa de areia, melhorar o patrulhamento policial e o sistema de iluminação para promover a segurança noturna entre outras medidas.
RN EM ASCENÇÃO NA VENDA DE SUPER CARROS DE LUXO
O Rio Grande do Norte dá sinais de crescimento de vendas no mercado de super carros, com modelos como o Porsche 911 Turbo S (IPVA de R$ 51.568,77) e o Mercedes-Benz AMG G63 4M (IPVA R$ 47.523,92). Esses valores, embora altos para a realidade local, ainda estão distantes do topo nacional, quando comparado a estados como Goiás e São Paulo. O RN ainda está em uma fase emergente.
Em Goiás, por exemplo, o IPVA mais caro do Brasil é o de uma LaFerrari avaliado em impressionantes R$ 34,8 milhões, gerando um imposto de R$ 1,2 milhão. Já São Paulo, com um Aston Martin (IPVA de R$ 616.500,56), e o Ceará, com Lamborghinis de até R$ 142.810,12 de imposto, refletem mercados consolidados no segmento de super carros.
A arrecadação de IPVA desses super carros no RN é um sinal positivo para os cofres públicos, mas também serve como tarifa econômica e atraente para o mercado de alto luxo, além de demonstrar o fortalecimento do poder aquisitivo local e a diversificação econômica.
ATLAS DA INDÚSTRIA POTIGUAR
Segundo os indicadores do Atlas da Indústria Potiguar (FIERN e Observatório da Indústria), O PIB industrial do RN foi de R$ 19,3 bilhões em 2022, correspondendo a 1,2% do PIB industrial do Brasil.
O número de estabelecimentos industriais no Rio Grande do Norte cresceu 20% entre 2022 e 2023, com cerca de 1,9 mil novas empresas, das quais mais de 1,5 mil são da Construção Civil. O setor industrial concentrou 129.524 vínculos formais no RN, representando quase 25% das carteiras assinadas do estado.
O número de trabalhadores na indústria cresceu 9,7% entre 2023 e 2024, com mais de 10 mil novos empregos, sendo a Construção Civil o principal responsável por esse aumento.