TRANSMISSÃO DA ENERGIA EÓLICA OFFSHORE DO RN
A governadora Fátima Bezerra, através da SEDEC – Sec. Do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação em parceria com o instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis – ISR-ER investiu R$ 264,5 mil em convênio com o Instituto para realização do estudo inédito no Brasil de áreas estratégicas de infraestrutura para transmissão de energia eólica offshore que apontou as 11 melhores áreas para desenvolver as estruturas que irão escoar a energia eólica offshore do Rio Grande do Norte RN e que deverá ser base de lei. O estudo mostra aproximadamente 59,7 km de trechos no litoral com viabilidade para implantação de cabos submarinos e linhas de transmissão para levar a energia produzida ao público consumidor.
PROJETO DE LEI
Os dados do estudo devem ser base para nova lei segundo Hugo Fonseca, Coordenador de Desenvolvimento Energético do Estado, e, segundo os pesquisadores, dá o ponta pé para discussões de interesse estratégico não só do estado, mas do Brasil. “Os dados serão encaminhados ao Idema, órgão que está responsável pelo zoneamento ecológico econômico do litoral setentrional, e será objeto de lei, ou seja, as infraestruturas necessárias, que foram delimitadas nesse projeto, serão incorporadas na Lei de Zoneamento Ecológico Econômico, que será encaminhada à Assembléia Legislativa do estado, dando segurança às empresas e à população, determinando as regras cabíveis para que esses projetos possam ser desenvolvidos de forma sustentável”, disse Fonseca.
ESTUDO
O estudo responde a questões do tipo: “Quais são os melhores locais para passagem de infraestruturas no mar? Como essas infraestruturas devem progredir? Quais são os caminhos mais promissores até alcançarem as subestações existentes, as subestações planejadas e as subestações sugeridas? e que áreas não devem ser tocadas”, explica o pesquisador do ISI-ER e coordenador do estudo, Raniere Rodrigues. O estudo também estabelece que os melhores locais para implantação das infraestruturas de transmissão ficariam distantes de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, de Áreas Prioritárias de Conservação da Biodiversidade e de áreas com existência de aves migratórias. Regiões alagadas, rios e reservatórios, áreas urbanas e a área onde projeta-se a implantação do Porto Multipropósito Indústria-Verde do estado em Caiçara do Norte também foram excluídas das potenciais zonas de conexão, como forma de maximizar a preservação e mitigar possíveis conflitos.
ROTAS DO ESCOAMENTO E SEU POTENCIAL
As rotas identificadas pelos pesquisadores seriam capazes de viabilizar o escoamento de mais de 38 Gigawatts (GW) de geração de energia dos novos complexos. A maior parte desse volume, 41,05% ou 15,60 GW, chegaria ao Sistema Interligado Nacional – o sistema responsável pela produção e transmissão de energia elétrica em todo o território brasileiro – por meio de grandes corredores que abrangem os municípios de Touros a Caiçara do Norte. Outros 10,11 GW passariam pelos municípios de Galinhos e Macau e 12,44 GW entre Porto do Mangue e Tibau.
‘BRAÇO DA SHEIN’: COTEMINAS ATRASA SALÁRIOS NO RN E ENFRENTA PROTESTOS
Empresa comandada por Josué Gomes da Silva, presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a Coteminas, uma das maiores empresas do Brasil, está atrasando salários no RN. Os funcionários da fábrica de Macaíba estão a 2 meses com os salários atrasados e a mais de 18 meses a indústria não recolhe o FGTS dos seus colaboradores. Vale destacar que a unidade de Montes Claros (MG) passou pela mesma situação e que ainda neste ano a Coteminas realizou diversas demissões, incluindo um desligamento em massa de 721 funcionários de sua unidade em Blumenau (SC), que deu fôlego para a companhia operar mais fortemente no Rio Grande do Norte (RN) – justamente onde a companhia opera para nacionalizar a produção da Shein. É muito triste ver os funcionários de uma mega indústria passar por esta situação.