A KAPPAPHYCUS NO RN
A morosidade dos serviços nos organismos ambientais faz com que seus requerentes tenha a “paciência de Jó”. Comecemos, meu caro leitor e minha cara leitora, pelo exemplo prático aqui do nosso RN.
Desde o ano de 2015, portanto já se vão quase 10 anos, aconteceu em Macau um Seminário em que foi discutida a probabilidade do cultivo da alga kappaphycus alvarezii, cujos estudos aprofundados tinham sido desenvolvidos pelo professor potiguar Maulori Cabral, em suas experiências na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esse Seminário foi proposto pelo então Secretário Municipal de Agricultura e Pesca, Antônio Cortez com a aprovação e estímulo do então prefeito Tulio Lemos dentro de sua política desenvolvimentista para Macau.
Desde então, depois de passar por um Grupo de Estudos da Secretaria Estadual de Agricultura e Pesca do RN e outros organismos da área, esse pedido de licenciamento para que o RN possa cultivar a alga marinha denominada de kappaphycus alvarezii se encontra para análise no IBAMA, em Brasília, sem que se tenha notícias de prazo para a definição.
Com o licenciamento que permita o cultivo da kappaphycus, que hoje só possível nos estados de SC, RJ e SC, o RN pode utilizar os seus quase 400 quilômetros de costa marítima e terá capacidade de produzir potássio em grande escala, contribuindo para a autossuficiência do país com esse insumo. Mas decorrido todo esse tempo, o IBAMA permanece inerte.
INVASÃO
A Câmara dos Deputados aprovou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um Projeto de Lei (PL) que permite a retirada de invasores de propriedades privadas por meio da força policial sem ordem judicial prévia. Se o PL for aprovado em plenário, vai ficar ruim para o MST e para quem defende invasões às propriedades privadas.
MALABARISMO
Entre atrasar pagamentos com fornecedores, repasses de cotas do ICMS e do Fundeb aos municípios e estender o pagamento do 13º salário dos servidores para janeiro/25, o governo do estado vai fazendo verdadeiros malabarismos com suas finanças.
MALABARISMO 2
No caso, a governadora Fátima Bezerra e sua equipe aguardam a aprovação pela Assembleia Legislativa do aumento de 18% para 20% do ICMS e também de novas ajudas do governo Lula. A situação do RN é periclitante.
ORNAMENTAÇÃO
A ornamentação natalina na Capital do Estado é de uma pobreza franciscana. Em vez de capitalizar o nome de Natal com o período vivenciado nesse mês de dezembro, ao que parece os gestores municipais se perdem nos escaninhos de terminam perdendo a noção da época.
ORNAMENTAÇÃO 2
Em outra época, principalmente nas gestões da prefeita Vilma de Faria, se não alcançava a perfeição na ornamentação natalina da cidade, mas nativos e visitantes respiravam o clima pelas avenidas, sendo que a Ponte Newton Navarro servia como cartão postal.
REPÚDIO
O Fórum dos Servidores Públicos do RN publicou Nota em que repudia propostas da Fiern, da Fecomercio e pronunciamentos de deputados a respeito da privatização da Caern e contenção de despesas públicas, ao mesmo tempo em que pedem o aumento da alíquota do ICMS de 18% para 20%.
NOTA
Depois de contestar as instituições e parlamentares, o Fórum Estadual de Servidores Públicos do RN diz que “A verdadeira solução para a crise fiscal do estado passa por uma gestão mais eficiente dos recursos públicos, pela cobrança de dívida de grandes devedores, pelo aumento da arrecadação de impostos justos e pela revisão das isenções concedidas às grandes empresas”.
ESCARCÉU
Deputados estaduais da oposição e já com o voto definido contra o aumento da alíquota do ICMS fazem verdadeiros escarcéus quanto a desaprovação da matéria nas comissões. Todos sabem que o que vai valer mesmo é a votação no plenário. E o governo já contabiliza a aprovação da matéria.
CONSÓRCIO
A governadora Fátima Bezerra está concluindo o seu mandato como presidente do Consórcio Nordeste. A partir de 2025, o novo presidente será o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), que foi eleito ontem, quinta-feira, 12/12, em reunião realizada em Natal. O Consórcio Nordeste reúne nove governadores da região Nordeste.