SOMOS TODOS MISERÁVEIS
Quando de sua estada em Angola, na África do Sul, onde a imprensa é controlada pelo governo e mesmo assim mereceu o seu elogio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), soltou mais uma de suas verdades ao dizer que “não se sentia frustrado por ser pobre”. Pobre? Lula, pobre?
Ora, em 2022, em sua declaração à Justiça eleitoral, o pernambucano Luiz Inácio da Silva que depois virou Luiz Inácio Lula da Silva, relatou que tinha um patrimônio de R$ 7,4 milhões. É o que está declaradamente legal. R$ 7,4 milhões e Lula ainda diz que não tem frustação por ser pobre.
A essa altura do campeonato, se Lula, que tem patrimônio superior a 7 milhões de reais se julga pobre, o que dirão 0s 80% dos quase 55 milhões de habitantes da região Nordeste do Brasil?
O salário médio do trabalhador nordestino é de R$ 1.979,00. Para chegar à fortuna declarada de Lula, esse trabalhador levaria 3.790 meses para juntar o correspondente ao patrimônio do ex-metalurgico. Ou seja, levaria nada mais, nada menos que 316 anos para chegar ao patrimônio declarado por Lula à justiça eleitoral no ano passado. Isso sem gastar um só centavo do que recebesse no final do mês.
Sem exagero, mas com esses dados em mãos e levando em consideração a frase do presidente Lula de que “não se sentia frustrado por ser pobre”, podemos afirmar que cerca de 80% da população residente do Nordeste brasileiro é formada por miseráveis. Até que se prove o contrário, somos todos miseráveis.
POLÍTICOS
Os partidos políticos no Brasil, com raríssimas exceções, não são levados à sério. Nem mesmo seus programas, seus objetivos. São feitos para atender aos objetivos de uns poucos. E por conta dessa falta de respeito aos partidos políticos é que integrantes vivem mudando de legenda, de acordo com as oportunidades e seus interesses, numa verdadeira ciranda oficializada pela justiça eleitoral quando criou a chamada “janela partidária”.
MUDANÇAS
Enquanto a “janela partidária” não abre, alguns políticos estão recorrendo à justiça eleitoral com justificativas para mudar de partido. Ontem, quem conseguiu junto ao Tribunal Regional Eleitoral sair do Partido Liberal (PL), pelo qual se elegeu no último pleito, foi o deputado Neilton Diógenes que havia comunicado essa sua decisão desde que o senador Rogério Marinho assumiu a presidência estadual do PL, em substituição ao deputado federal João Maia. A “janela partidária” abre em março do próximo ano.
JOÃO MAIA
Dentro dessas mudanças esperadas para os próximos meses também está no nome do deputado João Maia (PL, por enquanto). Até o mês de junho, Maia era o presidente estadual do Partido Liberal e como foi defenestrado pelo senador Rogério Marinho, preferiu mudar de sigla. Por ser governista de carteirinha, João Maia vai para o Progressista, até o momento presidido pelo ex-deputado federal Beto Rosado, e deverá levar consigo vários prefeitos, vereadores e o deputado Neilton Diógenes.
RADICALISMO
Tanto falou no radicalismo do Partido dos Trabalhadores (PT) que o senador Rogério Marinho se tornou um deles, um radical. Rogério já anunciou que qualquer filiado do seu partido, o PL, que queira fazer coligação com o PT pode ir pedindo logo a sua desfiliação. Ou seja, o radicalismo bateu forte e Rogério, como manda o figurino em nível nacional, não permite coligação com o partido de Fátima Bezerra. Radicalismo puro. Enquanto isso, o PT, em nível nacional, abriu brechas para fazer coligação com o Partido Liberal, partido de Bolsonaro.
IMPOSTO
Os buchichos sobre a permanência do percentual de 20% como alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) já começaram no plenário da Assembleia Legislativa. O deputado Francisco do PT, líder do governo deverá ter trabalho redobrado quando a matéria chegar para avaliação dos deputados. Na sessão de ontem, o deputado Gustavo Carvalho puxou a ala oposicionista para falar mal da governadora Fátima Bezerra que quer ampliar o prazo da permanência dos 20% como alíquota do ICMS.
IMPOSTO 2
No calor das discussões em torno da alíquota do ICMS, o deputado Francisco do PT saiu em defesa da governadora Fátima Bezerra recorrendo a argumentos envolvendo decisões de governo federal. O assunto protagonizou uma discussão política partidária, ficando as opiniões entre a direita e a esquerda. Agora é aguardar como será a sessão em que a matéria será votada.