UM NOVO QUADRO ELEITORAL NO RN
O tabuleiro político do Rio Grande do Norte começa a ganhar contornos definidos para as eleições de 2026, que definirão o próximo governador, senadores, deputados federais e estaduais. Com a impossibilidade de reeleição da atual governadora Fátima Bezerra (PT), a corrida pelo Executivo estadual e as duas vagas no Senado prometem ser acirradas, marcadas por uma polarização crescente entre as forças de direita e a base governista.
Um recente levantamento do Instituto DataVero, cujos resultados injetam ânimo e cautela nos QGs eleitorais, aponta a consolidação de nomes que despontam na preferência popular. Para o Governo do Estado, o prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra (União Brasil), lidera em todos os cenários testados. Sua performance demonstra a força de um nome novo com bom recall, angariando apoio para além dos polos ideológicos tradicionais.
Contudo, a disputa pelo Executivo se desenha sob a estratégia de radicalização antagônica adotada pelos pretensos candidatos Rogério Marinho (PL), da direita, e Cadu Xavier (PT), da base governista. Ambos buscam polarizar o debate, forçando um confronto ideológico direto que, segundo analistas, pode gerar um efeito de “espremida” sobre o centro e, consequentemente, sobre o espaço de Alysson Bezerra, que se posiciona de forma mais independente. A tentativa de Rogério Marinho em capitalizar o eleitorado conservador e de Cadu Xavier, como o nome da continuidade do projeto petista no estado, visa concentrar o voto e dificultar a vitória do prefeito de Mossoró no primeiro turno.
Na corrida pelo Senado Federal, onde duas vagas estarão em jogo, o senador Styvenson Valentim (PSDB) se destaca, disparando na primeira colocação em todos os cenários do Instituto DataVero.
Com um perfil popular e um discurso focado na segurança pública e no combate à corrupção, Styvenson consolida sua posição como favorito.
A segunda vaga, no entanto, é palco de uma intensa disputa. A atual governadora Fátima Bezerra (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD) figuram na sequência, com uma certa distância do líder. Os números do DataVero indicam que as preferências para a chapa majoritária não têm sido automáticas como o esperado, sendo que o apoio ao candidato Alysson Bezerra ao governo e à senadora Zenaide Maia não está fluindo de forma coesa, o que sugere um eleitorado mais fragmentado e atento a candidaturas individuais.
Um fator de desequilíbrio potencial é a ascensão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD) cujo nome surge com força e pode ser uma peça-chave no xadrez eleitoral. Carlos Eduardo é cotado para disputar tanto o Governo do Estado quanto uma das vagas para o Senado da República, e sua entrada oficial em qualquer uma das disputas deve alterar significativamente as projeções atuais.
Com as eleições de 2026 ainda distantes, o quadro político potiguar é de intensa movimentação e articulação. A polarização entre direita e esquerda no Governo do Estado e o embate por duas cadeiras no Senado Federal prometem um cenário de muitas reviravoltas, onde a performance dos atuais líderes e a decisão final de nomes como Carlos Eduardo Alves serão cruciais para o resultado final nas urnas.
EDITORIAL
O jornal Estadão, em sua edição de ontem, quarta-feira, 29, abre o seu editorial analisando a confirmação da candidatura de Lula a um quarto mandato de presidente da República, e questiona: “A pergunta ´para que ele quer mais um mandato? A esta altura, o Brasil, já pós-graduado em Lula, sabe bem qual é a resposta: só interessa ao petista a preservação do poder em si mesmo”.
EDITORIAL 2
E o editorial prossegue: “É improvável que o octogenário Lula surpreenda o País em seu eventual quarto mandato, que pro vavelmente será o mesmo governo medíocre de sempre, adornado com seu falatório populista e suas medidas eleitoreiras de curtíssimo prazo, mandando às favas, como de hábito, a responsabilidade fiscal”
EDITORIAL 3
E segue: “O problema é que o Brasil de 2027 exigirá um governo comprometido com o enfrentamento e uma crise fiscal de grande magnitude”.
EDITORIAL 4
“Isso significa que esse novo governo terá de promover reformas profundas e potencialmente impopulares, como na Previdência e no serviço público, além de liderar politicamente o desengessamento do Orçamento, hoje capturado por interesses paroquiais de parlamentares e comprometido com despesas obrigatórias que crescem em progressão geométrica”.
CONCLUSÃO
E o editorial do Estadão, finaliza: “E assim vamos. Dado que os possíveis adversários de Lula são hoje reféns da família Bolsonaro, in- capazes de decidir se o mais importante é bajular o ex-presidente golpista ou derrotar o petista, compreende-se a confiança lulista – e, quanto maior a confiança de Lula, pior para o Brasil”
 
		
 
									 
					