A MALHA VIÁRIA E AS FERROVIAS DO RN
Ninguém em sã consciência pode negar o péssimo estado de conservação da malha viária do nosso estado, nem mesmo o governo. Isso acontece em todas as regiões. Trechos rodoviários são verdadeiras “tábuas de pirulitos”. Situação terrível para quem trafega pelas rodovias estaduais, e também por alguns trechos de estradas federais. Um verdadeiro suplício para carros de pequeno porte e muito mais para caminhões. Entre setembro de 2022 e março de 2023, o Departamento de Estradas e Rodagens – DER/RN esteve sem contrato de manutenção da malha viária. Quase o período de uma gestação sem qualquer conservação nas nossas estradas estaduais. Depois disso, se oficializou o contratou, mas falta o dinheiro para a execução das obras. Ou, no mínimo, o dinheiro é escasso, é curto.
Não é raro se encontrar motoristas, seja de veículos automotores de pequeno, médio ou grande portes, com problemas às margens das estradas, principalmente com pneus rasgados. Depoimentos são ouvidos constantemente. Uma lástima nossas estradas. Com raríssimas exceções. Mas temos a promessa da governadora Fátima Bezerra em contrair empréstimo para aplicar na melhoria das estradas.
E enquanto a nossa malha viária vai deixando o transporte rodoviário cada vez mais caro e improdutivo, o Rio Grande do Norte perdeu os seus ramais ferroviários, à época considerados antieconômicos, mas com a promessa de que a iniciativa privada iria recompor a malha ferroviária, inclusive com possibilidade de ampliação.
Em 1997, no governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, houve a privatização da Rede Ferroviária Federal do Nordeste S.A. – REFESA com a promessa de melhoramentos e expansão. Na época, existiam no RN os ramais ferroviários de Macau a Natal e de Mossoró a Souza, na Paraíba. Fantasiaram os novos investimentos com ampliação dos ramais internos e o RN sendo ligado a PE por moderno e eficientes trens. Pura ilusão.
Hoje, além de não contarmos mais com ramais ferroviários que contribuam para o escoamento de nossas produções, temos uma malha viária em péssima condição de conservação.