DISPUTA ABERTA PARA O SENADO
A corrida por duas vagas no Senado Federal para representar o Rio Grande do Norte promete ser uma das mais dinâmicas e imprevisíveis das eleições. Com uma variedade de nomes, alguns com experiência e capital político consolidado, e outros apostando na força de suas legendas e coligações, o eleitor potiguar terá um leque de opções. A atual configuração mostra que, embora alguns candidatos partam com vantagem, o jogo está longe de ser definido.
O senador Styvenson Valentim (PSDB), que tenta a reeleição, é um dos nomes de destaque. Sua atuação combativa no primeiro mandato lhe rendeu notoriedade, mas as pesquisas recentes não refletem o mesmo patamar de popularidade de anos anteriores. No entanto, sua base eleitoral, fiel e ativa nas redes sociais, pode ser um fator crucial para reverter esse cenário e garantir sua permanência em Brasília.
Por outro lado, a senadora Zenaide Maia (PSD), também candidata à reeleição, tem seus serviços prestados ao estado, demonstra robustez eleitoral e se beneficia da proximidade com o prefeito mossoroense Alysson Bezerra para capitalizar preferência no eleitorado do segundo maior colégio eleitoral, o que ajudaria substancialmente na busca da eleição.
Um dos movimentos mais esperados é o de Fátima Bezerra (PT). Na condição de ex-governadora, ela buscará retornar ao Senado, cargo que ocupou entre 2015 e 2018. Apesar do desgaste de sua gestão à frente do governo do estado, ela conta com o apoio da militância petista e do eleitorado mais alinhado à esquerda. A força da legenda e a influência do presidente Lula podem ser decisivas para a candidata, que ainda mantém uma base de apoio significativa.
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), ainda não definiu qual cargo irá disputar. No entanto, seu nome é recorrente nas pesquisas para o Senado, aparecendo como uma segunda opção para muitos eleitores, especialmente na capital e na Grande Natal. A sua experiência política e a sua folha de serviços prestados podem dar a ele uma vantagem competitiva, caso decida entrar na disputa.
Outro nome forte que pode pleitear uma vaga é o do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Progressista). Com grande força na região do Seridó, sua terra natal, e um bom desempenho na capital, Álvaro ainda avalia as possibilidades. Sua capacidade de articulação e o capital político acumulado ao longo dos anos o colocam como um forte concorrente.
A ascensão de candidaturas ligadas ao bolsonarismo também é uma realidade no Rio Grande do Norte. Babá Pereira e Coronel Hélio, ambos do PL, acreditam na força do ex-presidente Jair Bolsonaro e do partido para alavancar suas campanhas.
Correndo por fora, o ex-prefeito de Carnaubais e nome respeitado no PSB, Luizinho Cavalcanti, tenta consolidar sua participação, mas precisará de uma estratégia bem definida para se tornar competitivo.
A incerteza sobre a candidatura de nomes como Carlos Eduardo e Álvaro Dias mantém o cenário em aberto. A dinâmica da campanha, as coligações e o alinhamento com os candidatos ao governo e à presidência serão fatores determinantes. O Rio Grande do Norte, com sua tradição de debates acirrados, promete uma eleição para o Senado que exigirá de cada candidato a máxima capacidade de articulação e convencimento para garantir uma das duas cobiçadas cadeiras em Brasília.
MDB
Atualmente, o MDB, comandado pelo vice-governador Walter Alves, é o maior partido do estado, contando com mais de 40 prefeitos, 30 vice-prefeitos e mais de 300 vereadores espalhados pelas várias regiões e se prepara com grandes nominatas para disputar vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.
MDB 2
Não se entende como o MDB, com toda essa capilaridade, um dos partidos de maior tradição no estado e que a partir de abril do próximo ano contará com o Governador do Estado, Walter Alves, não contar com nenhum de seus membros disputando cargo majoritário nas eleições de 2026.
INTERROGAÇÃO
Que país é este em que o Congresso Nacional faz mudanças constantes na Carta Magna através das PECs, e em que o Supremo Tribunal Federal – STF é visto como um colegiado de atitudes políticas partidárias?
CAMARÃO
O governo Fátima Bezerra conseguiu aprovação na Assembleia Legislativa do projeto que institui o Programa de Interiorização da Carcinicultura. Já tomou essa iniciativa tardia, pois há anos que o Rio Grande do Norte perdeu o posto de campeão na produção de camarão em cativeiros.
CAMARÃO 2
Resultado de um trabalho desenvolvido ainda no governo Cortez Pereira, nos anos 1970, o Rio Grande do Norte estabeleceu o pioneirismo na criação de camarão em cativeiros se tornando campeão em produção na carcinicultura. Nessa área, hoje, o Ceará produz o dobro do RN.