MACAU 150 ANOS
Neste 9 de setembro, o município de Macau, no litoral do Rio Grande do Norte, celebra 150 anos de sua emancipação política, uma data que convida à reflexão sobre seu passado grandioso, um momento de estagnação e as oportunidades de um futuro promissor. Conhecida como a capital do sal, Macau é a maior produtora do Brasil, com paisagens que servem de inspiração aos poetas e também se transformam em vastos espelhos d’água sob o sol escaldante, refletindo a riqueza que emana de suas salinas.
A natureza, generosa, dotou a cidade de recursos abundantes. Além das imensas áreas para a produção de sal, há relatos de reservas de petróleo tanto em seu território quanto em alto-mar, uma riqueza que, se explorada de forma sustentável, deveria impulsionar a economia local. A posição geográfica privilegiada de Macau lhe confere ventos ideais para a geração de energia eólica e um sol que brilha intensamente mais de 300 dias por ano, tornando-a um dos locais mais viáveis do país para a produção de energia solar. Esses atributos a colocam no centro de um cenário de transição energética, com potencial para se tornar uma referência nacional em fontes renováveis.
Entretanto, apesar de todo esse potencial, a história recente de Macau é marcada por um paradoxo. O progresso econômico e social que parecia inevitável se estagnou nas últimas cinco décadas. O município, que já teve a chance de sediar a segunda fábrica de barrilha do país, viu o projeto não prosperar, deixando de lado uma chance de diversificar sua economia e gerar mais empregos. Essa estagnação, no entanto, não é um ponto final, mas um chamado à ação. A imensidão de suas águas-mães de salinas, ricas em subprodutos como o magnésio, o potássio, o bromo e o lítio ainda representam uma fronteira inexplorada de desenvolvimento econômico.
Nesse aniversário de 150 anos, a história de Macau é um convite para olhar além do que foi e focar no que pode ser. O município tem em suas mãos os elementos essenciais para um novo ciclo de prosperidade. A resiliência de seu povo, a riqueza de seu solo e mar, e o potencial de suas energias renováveis são a base para reverter o quadro de estagnação e construir um futuro onde o desenvolvimento econômico e social esteja à altura de sua rica história natural. Que este aniversário sirva como um marco para que Macau, a cidade do sal e do sol, retome seu caminho para se tornar um polo de desenvolvimento e inovação no Rio Grande do Norte.
PESQUISA
O Instituto DataVero está publicando neste Diário do RN o resultado da última pesquisa eleitoral realizada na Região Metropolitana de Natal, que compreende os municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Extremoz, Macaíba e Ceará Mirim, nos dias 03 e 04/09, com 1.200 entrevistados, cujo eleitorado corresponde a 36,3% de todo o Rio grande do Norte.
PESQUISA 2
Como sempre se diz que ”política é como uma nuvem, mudanças acontecem rapidamente”, o retrato do momento mostra a realidade. Com a aparição do nome do ex-prefeito Carlos Eduardo Nunes Alves na pesquisa como um dos preferidos pelo eleitorado, tanto na condição como candidato ao Governo do Estado, quanto para o Senado, o quadro político muda completamente.
PESQUISA 3
A surpresa é que em momento algum, desde que pesquisas eleitorais estão buscando conhecer o quadro eleitoral no estado, Carlos Eduardo havia se pronunciado sobre o seu posicionamento político. Aliás, o ex-prefeito vem se mantendo silente desde que perdeu o pleito que disputou para a Prefeitura de Natal, onde sequer chegou a disputar o segundo turno.
ICÓGNITA
A pesquisa DataVero/Diário do RN mostra que o nome de Carlos Eduardo Alves é competitivo tanto na disputa pelo Governo do Estado quanto para ocupar uma das duas vagas para o Senado Federal. Nessa quarta-feira, 10, o Diário deverá trazer a repercussão do resultado da pesquisa junto aos políticos potiguares.
PREOCUPAÇÃO
Há uma preocupação generalizada quanto ao futuro das energias limpas no país, especialmente no Rio Grande do Norte, caso não haja decisões quanto ao escoamento da produção de energia eólica. Por falta de um planejamento nesse escoamento, o setor, segundo o empresário e ex-senador Jean-Paul Prates, vem acumulando prejuízos.
PARALISAÇÃO
No momento, os vários parques eólicos estão com suas produções paralisadas, por conta do corte de geração obrigatória, trazendo como consequência um prejuízo ao setor de cerca de R$ 5 bilhões nos últimos dois anos, conforme denúncia de Jean-Paul Prates, um dos grandes incentivadores do setor do estado e na região Nordeste.