PERIGOSA INTERFERÊNCIA EXTERNA
A diplomacia brasileira se viu em um cenário incomum com a revelação de uma carta enviada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Datada de 29 de julho de 2025, a correspondência chocou ao vincular diretamente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) à ameaça de um “tarifaço”, um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. A manobra, que ignora completamente os protocolos diplomáticos, foi defendida por Trump como uma forma de “corrigir as graves injustiças” no Brasil, mas gerou um repúdio generalizado, expondo o perigo da interferência externa e as consequências políticas para a direita ideológica brasileira.
A intervenção de Trump, em vez de reforçar a imagem de seu aliado no Brasil, parece ter causado um efeito oposto. Para a direita ideológica, que cultiva laços com o movimento trumpista, a atitude de um líder estrangeiro em questões de justiça interna é um golpe na narrativa de defesa da soberania e do nacionalismo. A tentativa de atrelar a justiça brasileira a uma agenda política externa não apenas mina a credibilidade das instituições nacionais, mas também coloca a própria direita em uma posição desconfortável, forçando-a a escolher entre o alinhamento com um parceiro internacional ou a defesa da autonomia do país.
As consequências políticas dessa tática são palpáveis. Pesquisas de opinião e o debate público demonstram uma condenação maciça a essa interferência, vista como uma afronta à dignidade nacional. A grande maioria dos brasileiros, independentemente de suas inclinações políticas, rejeita a ideia de que o futuro judicial de um ex-presidente deva ser influenciado por pressões econômicas ou políticas de outro país. Essa reação mostra que, por mais dividida que a sociedade possa estar, o senso de soberania nacional permanece um valor inegociável.
A atitude do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se tornou um elo constante entre a direita brasileira e o trumpismo, intensifica a controvérsia. O parlamentar tem sido um emissário ativo na busca por sanções e penalidades ainda maiores contra o Brasil e, em especial, contra os ministros do STF. Sua atuação incessante, sempre em defesa de seu pai, Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pela tentativa de golpe de Estado, reforça a percepção de que essa ala política prefere apelar para o apoio externo do que respeitar os ritos e decisões das instituições democráticas brasileiras.
Essa tática, no entanto, parece ter um efeito bumerangue, causando mais prejuízos do que benefícios, quando, no caso, o senso comum recomendaria apelar aos Tribunais Internacionais na tentativa de corrigir erros cometidos pela justiça brasileira. A tentativa de interferência externa não só falhou em seu objetivo, como também trouxe prejuízos significativos, mostrando que a defesa da soberania é um valor unificador, capaz de transcender as divisões políticos do Brasil.
FLIMA
Começa hoje, na Terra de Edinor Avelino, a 1ª Feira Literária de Macau, a FLIMA, dentro dos festejos dos 150 anos de emancipação do município. Além de um time de primeira grandeza de escritores e jornalistas e poetas, a exemplo de Vicente Serejo, Tadeu Oliveira, Alfredo Neves, Rejane Cardoso e Ciro Pedrosa, estará presente o escritor e poeta Horácio Paiva, colaborador aqui do Diário do RN.
AMLA
Horácio Paiva, que teve o seu primeiro poema, “O tempo”, publicado ainda quando tinha 16 anos de idade, tem vários outros livros publicados, é presidente da Academia Macauense de Letras e Artes, a AMLA, e estará participando nas rodas de debates, além de abrir a noite de autógrafos do seu Caderno do Imaginário. Recentemente, publicou artigo neste Diário do RN, com o título de OITENT’ANOS.
DOROTEIA
Quem está em estado de graça é Dorotéia Dantas, a idealizadora e administradora da 1ª Feira Literária de Macau, a FLIMA por conseguir mais de 50 expositores e escritores lançando seus trabalhos e participando das rodas de debates literários, a partir da noite desta sexta-feira, 5.
Merece aplausos e incentivos para continuar.
DIÁLOGO
Na falta de diálogo do governo brasileiro com o presidente norte-americano, a Confederação Nacional da Indústria – CNI enviou empresários aos Estados Unidos com a missão de abrir canais de diálogo para reverter o tarifaço de Trump. O presidente da FIERN, Roberto Serquiz participou do primeiro dia de reuniões para decidir pautas e entende que a CNI obterá sucesso.
EDUCAÇÃO
A secretária estadual de Educação, Socorro Batista, esteve ontem na Assembleia Legislativa, oportunidade em que debateu e esclareceu a Portaria SEI nº6452/2025 que estabelece diretrizes para o regime de aprovação em progressão parcial dos estudantes do ensino fundamental e médio da rede estadual. O assunto tem sido bastante polemizado.