A ASFIXIA A BOLSONARO
O momento vivido no país encenado por um manto de divisionismo entre a esquerda e a direita requer precaução quanto qualquer que seja a opinião envolvendo figuras do cenário nacional, principalmente neste momento em que o julgamento de um ex-presidente da República se encontra em curso sob a alegação de um golpe de estado que sequer emergiu do papel.
No momento, é preciso analisar o cenário jurídico e político que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente após as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) com a merecida isenção. A situação, que se desenrola desde a derrota nas eleições de 2022, tem sido marcada por uma série de medidas judiciais que, para alguns, parecem mais uma retaliação do que uma busca por justiça.
A punição inicial ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro veio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por oito anos. A causa: uma reunião com embaixadores onde ele questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas. Embora a crítica ao sistema eleitoral seja um tema polêmico, a sanção de inelegibilidade por esse ato foi considerada por muitos como desproporcional.
Agora, o foco se move para o STF, onde, a partir da última terça-feira, 02, Bolsonaro enfrenta acusações mais graves, relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições.
Diferentemente dos casos de corrupção, como o que levou o ex-presidente Lula à prisão em 2018, inclusive com depoimentos comprometedores como os do ex-Chefe da Casa Civil Antônio Palocci, comprovando falcatruas e desvios de dinheiro público, as acusações contra Bolsonaro se baseiam em suposições de que ele teria idealizado um plano para se manter no poder. As provas apresentadas, como minutas de decretos, conversas e delações premiadas são interpretadas como indícios de um complô, mas ainda não há provas concretas de que o plano foi executado, embora o resultado do julgamento já prevê prisão definitiva ao ex-presidente.
As medidas recentes impostas a Bolsonaro pelo STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a prisão domiciliar com vigilância interna e externa da Polícia Federal, intensificam a pressão sobre o ex-presidente. Essas restrições não apenas limitam sua liberdade, mas também afetam a vida de seus familiares, que dividem o mesmo espaço. Para os defensores de Bolsonaro, essas ações parecem excessivas e violam direitos básicos de privacidade e circulação, sugerindo que há um objetivo maior em jogo: minar sua imagem e influência política de forma definitiva às vésperas de um julgamento que a todos já se define o resultado de uma prisão no mais reles dos confins.
Essa escalada de medidas judiciais levanta questionamentos sobre a motivação por trás das decisões. O uso de prisão domiciliar com vigilância policial constante, sem que houvesse uma condenação definitiva por um crime grave, é visto por alguns como uma tática de asfixia legal. A impressão de que o Poder Judiciário age movido por um “espírito de vingança”, liderado pelo ministro Alexandre de Moraes, ganha força entre os críticos.
A relação conturbada entre Bolsonaro e o STF durante seu mandato, marcada por ataques mútuos e decisões polêmicas, agora parece ter chegado a um acerto de contas. As medidas rigorosas significam a asfixia impostas a Bolsonaro e parecem não apenas buscar a punição pelos atos supostamente cometidos, mas também desferir “tiros mortais” na sua carreira política, silenciando de vez uma das vozes mais proeminentes da direita brasileira.
Aliás, não estão apenas silenciando a voz de Bolsonaro, estão “matando” silenciosamente o ex-presidente da República que também, no exercício do cargo máximo da Nação desafiou desmedidamente seus desafetos como se fosse perpetuar no poder.
CAERN
O novo presidente da CAERN, Sérgio Eduardo Rodrigues, se comprometeu com o prefeito Hélio de Mundinho e também com o deputado Ezequiel Ferreira de Souza em buscar solução para o problema de abastecimento d’água do município de Guamaré.
APELO
Segundo a CAERN, o problema de abastecimento de Guamaré está no desperdício da água que chega através de adutora. O número é alarmante. 75% da água enviada ao município é desperdiçada por desvios e vazamentos da adutora. E isso vem se arrastando há cerca de 10 anos. O prefeito Hélio de Mundinho saiu esperançoso da reunião.
ATRASO
Na Assembleia Legislativa, deputados da oposição pegaram o “gancho” do presidente da FEMURN, Babá Pereira, e sem dó nem piedade criticaram a governadora Fátima Bezerra que vem atrasando o repasse do FUNDEB para as prefeituras. Os mais eloquentes na distribuição de críticas ao governo do estado foram os deputados Tomba Faria e Gustavo Carvalho, ambos do Partido Liberal.