HIDROGÊNIO VERDE COMO REDENÇÃO ECONÔMICA DO RN
A busca por fontes de energia limpa tem impulsionado o desenvolvimento do hidrogênio verde (H2V), considerado um pilar essencial para a descarbonização da indústria e do transporte. No entanto, o cenário global demonstra um movimento de cautela e até de abandono de projetos, principalmente em países que antes se mostravam promissores.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a política energética do governo de Donald Trump tem impactado negativamente os projetos de hidrogênio verde. A extinção de incentivos fiscais e subsídios, que haviam sido criados na gestão anterior, levou empresas a repensar seus investimentos no país. A Austrália, outra nação com grande potencial em energias renováveis, também enfrenta uma fuga de investidores, com empresas abandonando empreendimentos de Hidrogênio Verde. A incerteza em torno da demanda e a demora na implementação de infraestruturas necessárias para a produção e exportação têm sido os principais motivos para essa retração.
Enquanto o cenário internacional se mostra hesitante, o Brasil, e em particular o Rio Grande do Norte, segue firme em sua aposta no hidrogênio verde. No litoral norte potiguar, o projeto do Porto-Indústria Verde, em Caiçara do Norte, se destaca como uma iniciativa ambiciosa e estratégica. A proposta prevê a construção de um terminal portuário focado na cadeia de energias renováveis, com ênfase na eólica offshore e na produção e exportação de H2V e seus derivados, como a amônia verde.
Com um investimento previsto de R$ 5,6 bilhões, o empreendimento é visto como um catalisador para a economia regional, com estimativa de gerar 25 mil empregos em sua fase inicial.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) do RN, por meio de seu coordenador de Desenvolvimento Energético, Hugo Fonseca, também está à frente das negociações para viabilizar a obra, enquanto o BNDES tem atuado na estruturação do projeto, que já se encontra em fase de estudos técnicos para viabilizar a futura Parceria Público-Privada (PPP)
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tem um papel central no projeto, com o trabalho de uma equipe técnica multidisciplinar. Professores como Graco Aurélio e Mário González, que lideram o grupo de pesquisa Creation, são os responsáveis por parte dos estudos de viabilidade, incluindo o Estudo de Logística Integrada e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA). Esses especialistas têm visitado infraestruturas similares na Europa para trazer as melhores práticas para o Porto-Indústria Verde, ressaltando o enorme potencial do Rio Grande do Norte devido à sua localização e aos ventos favoráveis para a geração de energia eólica.
Apesar dos desafios globais, o Porto-Indústria Verde em Caiçara do Norte representa a confiança do Rio Grande do Norte em sua vocação para a transição energética e na capacidade de se consolidar como um polo de hidrogênio verde no cenário internacional, representando ponto de partida para a redenção econômica do Estado.
REFORMA
Proposta do relator da Reforma Administrativa pode atingir os atuais servidores públicos e acabar com 60 dias de férias do Judiciário. O deputado Pedro Paulo, do PSD/RJ, tem dito que o objetivo é o de corrigir privilégios do funcionalismo público, reduzir desigualdades salariais e dar mais transparência ao serviço prestado à população.
REFORMA 2
Não vai demorar muito nessa tramitação da Reforma Administrativa e vai começar a “pipocar” movimentos de associações de servidores contrários a qualquer mudança que começar a se estabelecer. Estão mexendo num verdadeiro “vespeiro”.
MANDATO
Com o mandato da vereadora natalense Brisa Bracchi (PT) na berlinda, a “bolha” petista tenta a qualquer custo fazer a defesa de quem utilizou verbas públicas para promover evento político partidário, como foi o caso do “Rolê Vermelho”.
BRISA
Sem cerimônia, partidários do PT querem justificar é que com o dinheiro público também se patrocina eventos, a exemplo da “Marcha para Jesus”. Querem justificar o injustificável. No “Rolê Vermelho”, foi celebrado com todas as honras a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro.
LEITOR
Do leitor Luiz Lopes, a coluna recebeu e transcreve rápido comentário sobre a abertura da coluna da última terça-feira, intitulada “A banalização de um horror”: “Não é fácil um jornalista se debruçar em matéria para esclarecer fatos verdadeiros, principalmente com relação aos fatos que aconteceram e levaram à segunda guerra mundial. Contar no que tange as comparações do passado e presente, em clara exposição que a história se repete”.
HÍDRICA
A crise hídrica no semiárido é uma realidade que o Rio Grande do Norte enfrenta. Na região do Seridó, por exemplo, tem municípios em que o gado já não tem o que comer e nem beber. As consequências maiores virão nos próximos meses.