A METAMORFOSE STYVENSON VALENTIM
A eleição de Styvenson Valentim ao Senado em 2018 representou um fenômeno à parte na política potiguar. Impulsionado por um discurso de renovação e uma postura avessa às práticas políticas tradicionais, o então candidato rejeitou a verba de campanha, abdicou dos horários gratuitos em rádio e TV e se apresentou como um “outsider”, um parlamentar diferenciado, distante da velha política. Sua ascensão meteórica, embalada pela onda “antipolítica” da época, prometia um novo fôlego ao cenário político do Rio Grande do Norte. Contudo, passados alguns anos, a trajetória do senador Styvenson revela uma série de guinadas que colocam em xeque sua imagem inicial.
A primeira e mais evidente mudança de comportamento reside na sua flutuação partidária.
Aquele que se vendia como avesso às amarras partidárias já trocou de legenda por três vezes, demonstrando uma busca por acomodação que contrasta com a independência inicialmente pregada. Se em 2018 o discurso era de que o partido era “o povo”, hoje a realidade o mostra em constante movimento, procurando se alinhar a diferentes siglas.
Mais recentemente, sua filiação ao PSDB, um partido com histórico de protagonismo no cenário nacional, mas em declínio no Rio Grande do Norte, expôs uma aparente falta de habilidade política ou, no mínimo, um cálculo equivocado. No momento da filiação de Styvenson, o PSDB contava com dez deputados estaduais no RN. No entanto, o que se viu em seguida foi uma debandada: quatro desses deputados já deixaram a sigla, e a expectativa é que os restantes busquem outras legendas para disputar a reeleição. Esse êxodo fragiliza ainda mais o partido no estado e, por consequência, a base de apoio do senador.
A busca por coligações com políticos de outros partidos, algo que antes seria impensável para o “antipolítico”, agora se tornou uma necessidade estratégica. Aquele que criticava as alianças tradicionais e a “velha política” parece ter compreendido que o jogo político exige articulação e concessões. A mudança de postura de Styvenson Valentim, de um parlamentar que renegava as ferramentas da política tradicional para um que as utiliza em sua busca por espaço e apoio, ilustra as complexidades e os dilemas da vida pública, onde ideais muitas vezes colidem com as exigências da realidade. Resta saber como o eleitor potiguar interpretará essa metamorfose.
RANCOROSA
No episódio em que tentou evitar que a Prefeitura de Natal buscasse melhoria no atendimento à saúde da população, a deputada federal Natália Bonavides (PT) expressou dois sentimentos ao mesmo tempo: rancor e hipocrisia.
HIPÓCRITA
A deputada Bonavides, a mais votada pelo Partido dos Trabalhadores, demonstrou ser rancorosa ao se lembrar da “surra de votos” que Paulinho Freire lhe aplicou no segundo turno das eleições de 2024, vencendo o pleito com 43 mil votos de maioria. Por isso projetou atrapalhar a gestão tentando impedir a contratação de O.S. para gerenciar as UPAs
HIPÓCRITA 2
Por outro lado, ao tentar impedir essa contratação que deve estar amparada sob os aspectos legais, a deputada Natália Bonavides (PT) demonstra hipocrisia, pois ela tem conhecimento de que governos de seu partido, o PT, e seus aliados adotam esse sistema de gerenciamento da saúde através de Organizações Sociais.
HIPÓCRITA 3
Bonavides sabe que governos do PT na Bahia, no Ceará e no Piauí adotam o sistema de contratação de Organizações Sociais (O.S.s)para gerir setores da saúde. Quem também utiliza a contratação de O.S. são as prefeituras de Fortaleza (PT) e de Recife (PSB). Daí a hiprocrisia da deputada Natália Bonavides, resultando na tentativa de atrapalhar a gestão de Paulinho Freire.
PRESTIGIADA
Foi muito prestigiado pela classe política o evento que ocorreu na Escola de Governo para que a governadora Fátima Bezerra oficializasse as nomeações do ex-prefeito Luciano Santos como Secretário Extraordinário de Assuntos Federativos e Sérgio Eduardo Rodrigues da Silva como Diretor-Presidente da CAERN, ambos saídos do colete do vice-governador Walter Alves.
PRESTIGIADA 2
Na prestigiada solenidade para oficializar os nomes indicados por Waltinho, quem estava na primeira fileira de convidados era o ex-senador Garibaldi Filho, em companhia do ex-prefeito de Macau, Afonso de Ligório Lemos.
DEFINIÇÃO
Desde que deixou a presidência da Petrobras por pressão do petista Rui Costa, Ministro-Chefe da Casa Civil do presidente Lula, o ex-senador Jean-Paul Prates vem afirmando que não tem mais ambiente para continuar no Partido dos Trabalhadores (PT).
DEFINIÇÃO 2
Mas já faz 1 ano e 2 meses que Jean-Paul Prates foi defenestrado da presidência da principal estatal brasileira, a Petrobras, e mesmo sem qualquer palavra de incentivo para permanecer no PT, ele não toma decisão para mudar de sigla.
CONVITE
Agora, de forma oficial o Partido Verde (PV) voltou a formular convite para que Jean-Paul Prates se filie à sigla e, se assim desejar, disputar uma cadeira de deputado pelos PV que faz Federação com o PT e o PC do B. O ex-senador ainda não se posicionou quanto ao convite dos “verdes”.