O SILÊNCIO SOBRE FRAUDES DO INSS
Nos últimos anos, a Polícia Federal (PF) tem sido o centro das atenções midiáticas, especialmente quando suas investigações miram figuras proeminentes da política nacional. É notório que, invariavelmente, quando as apurações envolvem o ex-presidente Bolsonaro ou políticos da direita, informações e detalhes das operações parecem emergir com rapidez incomum, abastecendo noticiários e redes sociais antes mesmo de comunicados oficiais. Essa agilidade no vazamento, que levanta questionamentos sobre a lisura e a imparcialidade dos procedimentos, contrasta de forma gritante com o silêncio que paira sobre outras investigações de grande relevância social, como os recentes casos de fraudes contra pensionistas, aposentados e usuários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Apesar da gravidade dos crimes, que atingem a parcela mais vulnerável da população, o público permanece no escuro. Não há qualquer informação detalhada sobre as instituições de classes ou dirigentes envolvidos nos esquemas criminosos que roubaram recursos de quem mais precisa. A falta de transparência nessas investigações é um ponto cego que merece ser iluminado. Por que, em casos tão cruéis e de impacto social tão devastador, a PF e demais órgãos competentes mantêm uma obscuridade quase total, enquanto em outras situações há uma profusão de detalhes que chegam ao conhecimento público em tempo real?
Em meio às denúncias de fraudes, chama atenção a ausência de posicionamento do INSS sobre a possibilidade de acionar judicialmente entidades como o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), liderado por José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Ambas as organizações possuem vínculos com setores de esquerda e têm forte atuação junto à base de beneficiários da Previdência Social.
A omissão do INSS em buscar reparação e responsabilização nessas instâncias, em contraste com a celeridade em outras frentes, sugere uma seletividade que merece ser explicada. A transparência na condução de todas as investigações é um pilar fundamental para a confiança nas instituições democráticas.
O debate não é sobre a necessidade de investigar ou não, mas sim sobre a neutralidade e a publicidade das informações em todas as apurações. É imperativo que a sociedade obtenha respostas sobre por que algumas investigações ganham os holofotes com rapidez e profusão de detalhes, enquanto outras, de igual ou maior impacto social, permanecem envoltas em um silêncio que só alimenta especulações e desconfiança.
PENSAR RN
Ficará a cargo do advogado criminalista Heráclito Noé a próxima reunião promovida pelo grupo PENSAR RN, focalizando a questão da segurança pública do estado. O encontro acontecerá na próxima sexta-feira, 01/08, no auditório do Colégio Hipócritas, Zona Sul de Natal.
HERÁCLITO
O palestrante Heráclito Noé, que vai abordar com profundidade a problemática da segurança pública no RN, tem um vasto currículo na área e muito contribuirá com a discussão. O grupo PENSAR RN vai somar mais um importante debate entre os vários assuntos já discutidos.
CANDIDATOS
Muitos pré-candidatos a deputado estadual e a deputado federal estão aguardando com ansiedade o desfecho do Projeto de Lei (PL) que amplia o número de cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, uma vez que o presidente Lula vetou o PL.
CANDIDATOS 2
Resta saber qual será o destino do PL com a apreciação dos vetos do presidente Lula a ser processada pela Câmara dos Deputados. Enquanto isso, partidos e pré-candidatos estão a fazer novas contas para o enfrentamento das próximas eleições de 2026.
STYVENSON
Como ficará a situação do senador Styvenson Valentim (PSDB) perante a cúpula nacional de seu partido depois que perder todos os 10 deputados estaduais que se elegeram pelo PSDB em 2022, para outras legendas? Ele certamente dirá: “um senador vale por muito mais que 10 deputados estaduais”.
STYVENSON 2
O senador Styvenson Valentim, se elegeu pelo partido REDE, depois se transferiu para o Podemos e agora está filiado ao PSDB. Desde a chegada de Styvenson à sigla que ainda abriga o deputado Ezequiel Ferreira de Souza, o PSDB perdeu quatro deputados estaduais para o Partido Liberal (PL), do senador Rogério Marinho.
STYVENSON 3
A tendência, com a ida do deputado Ezequiel Ferreira de Souza para o MDB, é o PSDB perder outros cinco deputados estaduais para o partido que é presidido pelo vice-governador Walter Alves, à exceção dos deputados Galeno Torquato e Nelter Queiroz que ainda não decidiram por qual sigla irão disputar a reeleição.