O MARKETING NA EDUCAÇÃO EM MOSSORÓ
Mossoró, o segundo maior município do Rio Grande do Norte, cognominado de Capital do Oeste, vive um paradoxo na área da educação sob a gestão do prefeito Alysson Bezerra. Enquanto o chefe do executivo municipal orquestra movimentos políticos que parecem ter como principal objetivo o marketing pessoal, a realidade dos investimentos no setor, conforme apontado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), joga um balde de água fria nas promessas e discursos.
Recentemente, a convocação extraordinária da Câmara Municipal de Mossoró para apreciar projetos ligados à educação gerou burburinho. À primeira vista, a iniciativa poderia ser vista como um compromisso genuíno com o avanço do ensino no município. No entanto, para analistas políticos e parte da sociedade civil, o ato soa mais como uma jogada calculada, visando capitalizar a imagem do prefeito como um defensor da educação, sem que haja uma correspondência efetiva com a destinação de recursos.
A verdade é que, por trás das cortinas da propaganda, os dados oficiais do TCE/RN revelam um cenário preocupante. Os relatórios da corte de contas são categóricos: a gestão de Alysson Bezerra iniciou o ano de 2025 sob fortes críticas no que tange à aplicação de verbas na área educacional. Os números não mentem: a prefeitura de Mossoró investiu apenas 20,08% das receitas provenientes de impostos na educação. Este índice está abaixo do mínimo de 25% exigidos pela Constituição Federal.
A disparidade entre o que é divulgado e o que é efetivamente praticado gera um questionamento crucial: estaria a educação mossoroense sendo utilizada como mero palanque político? A resposta, à luz dos relatórios do TCE, diz que sim. A orquestração de eventos públicos pode iludir parte da população, mas não altera a frieza dos números que demonstram uma alocação de recursos aquém do necessário e do legalmente imposto.
Essa prática de “jogar para a torcida”, tão comum no cenário político, torna-se ainda mais grave quando se trata de um setor tão fundamental como a educação. Salas de aula precárias, falta de material didático, baixa valorização dos profissionais da educação e a ausência de projetos pedagógicos robustos são apenas algumas das consequências diretas de um orçamento minguado.
O prefeito Alysson ainda tem tempo de corrigir seus erros na área educacional, mas é imperativo que a população de Mossoró, a imprensa e os órgãos fiscalizadores permaneçam vigilantes. A retórica do marketing pessoal, por mais sedutora que seja, não pode ofuscar a necessidade premente de investimentos reais e consistentes na educação. E, para isso, é preciso mais do que holofotes; é preciso compromisso e, acima de tudo, respeito à lei e aos cidadãos.
LAURO DA ESCÓSSIA
O Museu “Lauro da Escóssia”, fundado em 5 de abril de 1948 e que preserva um precioso acervo sobre a história de Mossoró e do RN, foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural, histórico, arquitetônico e imaterial do estado.
RESISTÊNCIA
Outro que teve o reconhecimento oficial como patrimônio histórico, arquitetônico, cultural e imaterial do Rio Grande do Norte foi o Memorial da Resistência, também localizado na Capital do Oeste.
RECONHECIMENTO
Os reconhecimentos do Memorial da Resistência e do Museu Municipal Lauro da Escóssia são resultados de projetos de Leis apresentados pela deputada Isolda Dantas (PT). As leis foram sancionadas pela governadora Fátima Bezerra e publicadas no Diário Oficial de ontem, quinta-feira, 24.
EQUILIBRIO
Sobre a crise que se alastra entre os presidentes Trump e Lula, o ex-presidente Michel Temer mostra equilíbrio quando diz que “Taxação aos nossos produtos e eliminação de vistos dos ministros do STF são inadmissíveis. Não se resolvem, contudo, com bravatas, ameaças e retruques”.
ROGÉRIO
Sobre a situação vivenciada por Bolsonaro, líder maior de seu Partido Liberal, o senador Rogério Marinho explicitou em suas redes sociais: “Revisitando a decisão de Alexandre de Moraes, reconheço que me precipitei ao esperar bom senso de alguém que está atuando com o fígado”.
ROGÉRIO 2
E continua: “Entendi que a liberação para entrevistas fosse um gesto de equilíbrio, mas o que vimos foi o oposto: uma armadilha jurídica. Bolsonaro pode falar, mas se terceiros – inclusive jornalistas ou cidadãos comuns – divulgarem o conteúdo em redes sociais, a prisão é autorizada. Isso não é justiça. É censura prévia travestida de cautelar”.
ROGÉRIO 3
E o senador Rogério Marinho finaliza: “Quando um ministro se coloca acima das garantias fundamentais, todos os cidadãos correm risco. O Supremo não pode ser o censor da República. E liberdade de expressão não pode depender do temperamento mercurial de um ministro”.