PT QUER COMER O FILÉ E DEIXAR O OSSO PARA O MDB
Em recente entrevista exclusiva concedida ao Diário do RN, o deputado estadual Dr. Bernardo (MDB) abordou a sucessão do governo norte-rio-grandense, defendendo a antecipação da transmissão do cargo da governadora Fátima Bezerra (PT) para seu vice, Walter Alves (MDB), já para janeiro do próximo ano. A governadora, que se prepara para disputar uma das duas cadeiras do Senado Federal, tem prazo legal para se afastar até o dia 04 de abril de 2026. No entanto, Dr. Bernardo entende que essa transição ocorra já em janeiro do próximo ano, como um gesto de reconhecimento pelo apoio do MDB ao longo dos quase sete anos da gestão petista.
Pelo que tem circulado na imprensa, a proposta, contudo, não tem sido bem recebida nos bastidores do Partido dos Trabalhadores. Lideranças petistas, incluindo o pré-candidato ao governo Cadu Xavier, o atual Chefe da Casa Civil, Raimundo Alves e a dirigente do PT, vereadora Samara Alves, têm se pronunciado publicamente que a governadora Fátima Bezerra só se afastará dentro do prazo legal, ou seja, em abril de 2026. Essa postura tem gerado um desconforto crescente no MDB, que vê na antecipação da transmissão um movimento estratégico e um reconhecimento político natural da parceria.
Apesar do vice-governador Walter Alves e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (com previsão de entrar no MDB), não terem se manifestado publicamente sobre o assunto, a insatisfação interna no partido é visível. Correligionários emedebistas não compreendem a resistência do PT em discutir a antecipação da transmissão do cargo, especialmente diante do histórico de aliança entre as duas legendas.
Para o deputado Dr. Bernardo, a antecipação seria um sinal claro de apreço e fortalecimento da aliança, demonstrando a valorização do apoio do MDB à gestão de Fátima Bezerra e sugeriu que “O ideal seria Walter assumir o governo a partir de janeiro”. Em outro momento, na mesma entrevista, dr. Bernardo comentou: “Acho que já demorou muito para Walter assumir espaços no governo, entendeu? Era para ter sido começada uma transição. Ainda que não que não assumisse completamente, mas era para ter havido uma transição”, afirmou o deputado emedebista ao Diário do RN.
A movimentação nos bastidores políticos do Rio Grande do Norte promete esquentar nos próximos meses. A divergência em torno da data da transmissão do cargo reflete não apenas questões de calendário eleitoral, mas também a dinâmica das alianças e o peso de cada partido na construção do futuro político do estado. A manutenção da unidade da base aliada será crucial para o PT na disputa eleitoral vindoura, e a forma como essa questão será equacionada poderá ter impacto direto na estratégia dos partidos.
AMBIENTAL
Depois de avaliar a modernização do Projeto de Lei 2.159/2021 que reacende debates sobre os rumos do licenciamento ambiental, o ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates diz que “Ao permitir, por exemplo, que a maioria das atividades seja licenciada por autodeclaração, com fiscalização apenas por amostragem, o texto abre brechas para o avanço de empreendimentos potencialmente danosos sem a devida análise técnica”.
AMBIENTAL 2
Em sua análise, o ex-senador faz alerta, quando escreve: “Mais grave ainda é a limitação imposta à atuação de órgãos como Funai, Iphan e ICMBio, que deixam de ter poder de veto diante de impactos sobre terras indígenas, sítios arqueológicos ou unidades de conservação”. Jean-Paul aguarda que o presidente Lula use seu poder para eventuais vetos.
BOLSONARO
Na opinião de juristas, o ministro Alexandre de Moraes passou de seus limites ao proibir que entrevistas ou manifestações do ex-presidente Jair Bolsonaro sejam exibidas através das redes sociais.
BOLSONARO 2
Além de cercear o direito de manifestação do ex-presidente Bolsonaro, o ministro Alexandre de Morais, do STF “compra briga” diretamente com as redes sociais. Ou seja, o ex-presidente pode ser entrevistado por jornais, redes de televisão e de rádio, mas essas entrevistas não podem ser exibidas nas redes sociais, E pode isso, Arnaldo?
RECIPROCIDADE
Ao proibir o ministro Alexandre de Morais, seus familiares e aliados no STF de entrar no território norte-americano, o presidente Trump deu o troco ao presidente Lula que teria tentado cancelar o visto do então correspondente do New York Times, Larry Rohter, por conta de matéria que desagradou ao petista. Só não o fez por interferência do jurista Márcio Thomaz Bastos, à época ministro da Justiça.